14 de novembro, 2024

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Imagem de satélite da Nasa mostra corredor de fumaça na América do Sul

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Imagens captadas a cerca de 1,6 milhão de quilômetros de distância da superfície da Terra, reveladas pela Nasa nesta segunda-feira (9), mostram o corredor de fumaça formado na América do Sul a partir dos incêndios que castigam principalmente o Pantanal e a Amazônia em 2024.

A imagem de 3 de setembro revela como a Cordilheira dos Andes age como um paredão, segurando a fumaça que sai do Brasil e da Bolívia, que também enfrenta um ano feroz em relação a queimadas, e passa a descer pelo continente.

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“No Brasil e na Bolívia, a atividade de incêndios atingiu níveis não vistos desde 2010, com uma seca prolongada ressecando paisagens em ambos os países”, afirma o comunicado da agência espacial americana.

Satélite da Nasa registra corredor de fumaça causado pelos incêndios florestais na América do Sul no início de setembro. (Foto: NASA Earth Observatory)

A temporada de incêndios no sul da Amazônia, que geralmente aumenta em agosto e atinge o pico em setembro e outubro, tem sido intensa este ano. De acordo com o observatório espacial europeu, Copernicus, as emissões de incêndios têm sido excepcionalmente altas na Bolívia e nos estados brasileiros do Amazonas e Mato Grosso do Sul.

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Em comparação com os 21 anos anteriores, essas áreas registraram suas maiores emissões totais para o período até o momento, com 44, 22 e 13 milhões de toneladas métricas de carbono, respectivamente.

A região do Pantanal, que se estende pela fronteira entre o Brasil e a Bolívia e abriga uma das maiores áreas úmidas tropicais do mundo, vem sendo especialmente atingida em 2024. Já são 2,8 milhões de hectares em área queimada acumulada, o que corresponde a quase 19% do bioma, de acordo com o Lasa/UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O efeito ocorre após o registro de um número de focos de incêndio acima da média em julho e agosto, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

A Amazônia teve seu pior agosto registrado desde 2012, quando inicia-se o monitoramento de área queimada do bioma pelo Lasa/UFRJ. No ano já são mais de 5 milhões de hectares em área atingida, equivalente ao território da Costa Rica.

Grandes partes da América do Sul têm visto déficits significativos de precipitação nos últimos três meses. De acordo com o monitoramento europeu, isso levou a uma “seca excepcional” (a classificação mais alta de seca) em grande parte das partes central e norte do continente. As condições de calor, seca e vento fazem com que tanto Pantanal quanto Amazônia tenham em 2024 o maior risco de fogo desde 1980, com condições que permitem que as chamas se espalhem e poucos focos de incêndio possam atingir grandes áreas.

Fonte: Um Só Planeta

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