04 de junho, 2025

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IL x APLV: Entenda as diferenças entre intolerância à lactose e alergia à proteína do leite

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O leite de vaca é um dos alimentos mais consumidos no mundo e é muito usado em receitas por ser considerado completo do ponto de vista nutricional.

Apesar dos benefícios, o alimento pode desencadear reações adversas no corpo devido aos seus componentes, vários considerados alergênicos e diferentes fisiopatologias.

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Para falar sobre os desafios que envolvem o consumo do leite, Jasmine , marca referência em alimentação saudável, traz as orientações da nutricionista Karla Maciel.

– Por que o leite é recomendado para uma alimentação saudável?

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O alimento contém macronutrientes como a lactose (carboidrato) caseína e proteínas do soro (fração proteica), triacilgliceróis, colesterol (gorduras), bem como micronutrientes (cálcio, magnésio, sódio, potássio, fósforo, ferro, zinco, cobre, selênio e vitaminas A, D, E e K).

– Como surge a intolerância à lactose (IL)?

lactose é conhecida como principal carboidrato no leite de vaca, mas muitas pessoas desconhecem seus efeitos no organismo.

A nutricionista explica que após a ingestão, ela é hidrolisada em monossacarídeos (ou seja, glicose e galactose) por uma enzima chamada lactase.

“Os monossacarídeos são posteriormente transmitidos no sangue a partir da mucosa intestinal. A lactase é expressa apenas em células intestinais maduras, pelo menos com 34 semanas de idade gestacional no bebê. A intolerância à lactose (IL) é reflexo da má digestão por conta da baixa atividade ou ausência da enzima lactase”, elucida um nutricionista.

Nos bebês prematuros, a IL geralmente acontece porque a produção da enzima ainda não é suficiente. Mas a intolerância também pode surgir em qualquer fase da vida e ter intensidades diferentes — leves, moderadas ou graves — dependendo da quantidade de lactase que uma pessoa produz.

“Existem pessoas que produzem lactase, embora em baixa quantidade, e há pessoas que não produzem nenhuma concentração de enzima. A “dietoterapia” será indicada de acordo com o grau de intolerância”, complementa.

 APLV X IL

A nutri deixa claro que a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) está relacionada com a fração proteica do leite. “Trata-se de uma evidência do sistema imunológico ao consumir as proteínas do leite, principalmente à caseína, à beta-lactoglobulina e à alfa-lactoalbumina”.

O que difere as duas é que, enquanto a IL está relacionada à maior digestão a nível intestinal do carboidrato lactose, a APLV está relacionada com um processo exacerbado do nosso sistema imunológico quando recebe a proteína do leite, que desencadeia sintomas extra intestinais (fora do intestino)” , compara.

“Vale lembrar que a alergia às proteínas do leite de vaca (APLV) é mais frequente na infância, principalmente em crianças com idade inferior a 3 anos. Esta alergia é geralmente transitória, sendo que a tolerância se desenvolve até no terceiro ano de vida”, acrescenta ainda.

– As restrições alimentares para os dois casos são as mesmas?

A alergia às proteínas do leite de vaca e a intolerância à lactose bloqueiam cuidados alimentares diferentes. Saiba como lidar com as condições!

Na intolerância à lactose, que relativamente é mais simples de monitoramento, a nutrição pontual que o consumo de leite e receitas pode ser realizado de duas formas.

1- Escolhendo opções no mercado que já são isentas de lactose.

“Hoje encontramos diversas marcas que facilitam a rotina alimentar do consumidor público como a Jasmine, que disponibiliza produtos sem lactose identificados pelo ícone presente no rótulo das embalagens” detalhes.

2- Uso de suplementos com base da enzima lactase para administração via oral

Responsável por promover a digestão da lactose quando houver consumo concomitante de leite e derivados que contenham lactose.

Atenção: No caso da APLV, é necessária a exclusão total de leite de vaca e seus derivados, uma vez que o processo alérgico aconteça com itens mínimos de consumo de proteína. Sendo assim, estes alimentos devem ser substituídos por leites de origem vegetal, com base de oleaginosas, cereais e leguminosas.

– Sendo grande parte dos alimentos produzidos com leite em sua composição, como o intolerante à lactose e/ou à proteína do leite pode manter uma rotina alimentar nutricionalmente adequada?

Para suprir os nutrientes presentes no leite, como micronutrientes e proteínas, principalmente, é possível encontrar diversas opções de leites vegetais no mercado.

Feitos à base de oleaginosas como amêndoas, castanhas e nozes, cereais como aveia e arroz, são ótimos substitutos do leite de vaca, seja para consumo in natura, ou para uso em receitas variadas.

Estas bebidas vegetais já são enriquecidas com micronutrientes como cálcio e vitamina D, por exemplo, para atender as necessidades na ausência do consumo de leite.

“Além disso, esses nutrientes podem ser encontrados em outros alimentos de origem vegetal, como na semente de gergelim , que apresenta 7 a 8 vezes mais teor de cálcio do que no leite; vegetais folhosos verdes-escuros ( espinafre, almeirão, brócolis e couve) ; sementes de chia e linhaça ; cereais e leguminosas em geral (como feijão e lentilha)”, finaliza.

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