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Entregas usando tecnologias avançadas de mobilidade, inclusive robôs, já podem ser consideradas uma realidade. Depois de a Amazon ter realizado pela primeira vez seu serviço de delivery por drone nos Estados Unidos, agora é a vez do iFood começar a testar o mesmo dispositivo, além de bicicletas e patinetes elétricos. “Fizemos testes com sucesso usando drones, incluindo para entrega de refeições num bloco de carnaval em São Paulo”, disse à Reuters o presidente do iFood, Carlos Moyses.
O mais popular aplicativo de entrega de comidas da América Latina também planeja começar testes com entrega por drones em prédios comerciais e residenciais nos próximos meses, disse Moyses. Ele lembra que para o processo se concretizar, é preciso aprovação de órgãos reguladores, como Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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Expandir e diversificar métodos de entrega faz parte dos planos do iFood para aumentar seu alcance geográfico e melhorar sua eficiência logística. Criado em 2011, hoje a rede brasileira emprega cerca de 120 mil entregadores e atende quase 500 cidades no país. A empresa também tem filiais na Colômbia e no México.
O diretor financeiro da empresa, Diego Barreto, disse à Reuters que a companhia pretende aumentar muito sua atuação nos municípios brasileiros. Para isso, Barreto afirma que o iFood vai se adequar às realidades regionais de cultura, logística e renda. Segundo ele, patinetes e bicicletas elétricos tendem a ter participação importante nesse processo. “Esses modais devem ganhar escala ainda neste ano”. Dados da empresa contabilizam uma média de 14,1 milhões de entregas em janeiro, uma alta de 124% em relação ao mesmo período em 2018.
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Nos últimos anos, o iFood também passou a trabalhar com sistema eletrônico de pagamentos – em parceria com a subcredenciadora Zoop – e a intermediar compras dos próprios restaurantes, o iFood Shop. Tanto ela quanto a Zoop são controladas pelo grupo brasileiro Movile. A empresa de entrega de refeições ainda deve receber a maioria dos 500 milhões de dólares captados pela Movile em novembro passado com investidores para aplicar em seus novos braços de atendimento. Segundo Barreto, o investimento envolve a contratação de cerca de mil pessoas nos próximos 12 meses, a maioria profissionais de tecnologia.
Além do iFood, a colombiana Rappi anunciou, em janeiro, que investiria dezenas de milhões de dólares para triplicar sua presença no Brasil. Ela também anunciou ter planos de atuar em até mais 30 cidades e adicionar novas categorias de serviços a seu aplicativo de delivery.
Na quinta-feira, 7, o grupo japonês SoftBank anunciou a criação de um fundo de cinco bilhões de dólares focado em projetos de tecnologia na América Latina para ajudar empresas selecionadas a ampliar alcance no continente. O fundo abrange iniciativas em comércio eletrônico, serviços financeiros digitais e mobilidade.
Fonte: Reuters