27 de novembro, 2024

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Idosa é condenada a prisão por causa do canto dos seus galos no interior de SP

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Uma idosa de 68 anos foi condenada a 25 dias de prisão em uma ação de perturbação da tranquilidade por conta do canto dos seus galos, em Santa Rita do Passa Quatro (SP). A defesa dela vai recorrer da decisão.

A denúncia do Ministério Público (MP) foi gerada pela reclamação de um casal de vizinhos que estava incomodado com o barulho que 4 aves causavam na chácara onde Dora Dias vive há 23 anos, no Jardim Europa.

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Segundo os moradores da casa que fica no terreno que dá para os fundos do quintal de Dora, as aves empoleiravam em uma árvore debaixo da janela do quarto deles e cantavam durante toda madrugada.

Dora alimenta os galos e outras aves no quintal da sua chácara em Santa Rita do Passa Quatro.  — Foto: Fabiana Assis/G1
Dora alimenta os galos e outras aves no quintal da sua chácara em Santa Rita do Passa Quatro (Fotos: Fabiana Assis/G1)

Na época que começou a ação judicial, em março de 2018, eram quatro animais. Agora são apenas três. Um deles morreu e os que ainda continuam com Dora não ficam mais no quintal durante a noite, garante o advogado Cesar Roberto Vaz Silveira.

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As aves agora ficam presas em um cômodo dentro da casa que fica na parte da frente do terreno. Ele disse ainda que Dora subiu em um metro o muro que faz divisa com a propriedade dos reclamantes.

O advogado disse que irá recorrer da sentença no Colégio Recursal de Pirassununga (SP) e espera que sua cliente seja inocentada por unanimidade. “Vamos recorrer de tudo. Ocorreu uma grande injustiça nesse processo e o Colégio Recursal vai reconhecer e absolver ela”, afirmou.

Incômodo

Dora no quintal da sua chácara em Santa Rita Passa Quatro. Ao fundo a janela do quarto dos vizinhos que reclamam do canto dos galos durante a madrugada. — Foto: Fabiana Assis/G1
Dora no quintal da sua chácara em Santa Rita Passa Quatro. Ao fundo a janela do quarto dos vizinhos que reclamam do canto dos galos durante a madrugada (Foto: Fabiana Assis/G1)

Esse é o segundo processo pelo mesmo motivo que o MP apresenta contra os galos de Dora Dias. O primeiro foi julgado improcedente por um juiz substituto da comarca de Santa Rita do Passa Quatro e pelo Conselho Recursal de Pirassununga.

O MP entrou então com outro processo. O casal reclamante, que não quis ser identificado, disse que primeiro procurou a prefeitura e que levou a reclamação ao MP somente após Dora recusar a notificação do Centro de Zoonoses para que retirasse os animais do quintal.

Segundo os reclamantes, os galos ficavam em uma árvore a três metros da janela do quarto onde dormem e cantavam durante toda a noite, prejudicando o sono.

Em contrapartida, Dora alegou que nunca foi procurada pelo casal e que soube da reclamação quando foi notificada pela Justiça.

O caso passou por várias reuniões de conciliação sem sucesso. Segundo o promotor de Justiça Elio Daldegan Júnior, a situação virou caso de Justiça porque se enquadra em perturbação de tranquilidade, que é um delito criminal, e porque Dora não quis fazer um acordo.

Dora com um dos galos que estão incomodando os vizinhos por cantar durante a madrugada em Santa Rita do Passa Quatro. — Foto: Fabiana Assis/G1
Dora com um dos galos que estão incomodando os vizinhos por cantar durante a madrugada em Santa Rita do Passa Quatro (Foto: Fabiana Assis/G1)

Fonte: G1

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