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Longe de ser unanimidade, o horário de verão começou nesse domingo (16). E muita gente costuma sentir os efeitos da mudança no organismo. Segundo o médico Marcos Pontes, a adaptação pode demorar até sete dias.
Para que o processo não seja tão doloroso, o médico orienta que as pessoas tentem acostumar o organismo a dormir uma hora antes. Segundo ele, a mudança de horário altera a ordem temporal interna do nosso corpo, que regula os ritmos de sono e temperatura. “Com o horário de verão, tendo um desajuste, entra em uma fase de desordem temporal interna. Então, as pessoas acabam tendo que gerar uma nova sincronização porque esses ritmos têm fases diferentes.”
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As consequências da mudança de horário no organismo podem ir desde mal estar, dificuldades para dormir, sonolência diurna e até alterações de apetite. Segundo Pontes, é preciso tomar alguns cuidados nos dias seguintes à mudança de horário, como evitar dirigir distâncias longas. “É a mesma coisa de fazer uma viagem de um fuso horário para outro, tem um período para o organismo se adaptar àquele novo horário”, diz o médico.
Os idosos e as crianças, por terem uma necessidade maior de sono e de rotina, podem sentir mais os efeitos da mudança de horário. “Principalmente as crianças que vão para a escola de manhã, vão ter que levantar uma hora mais cedo, podem ter uma sonolência maior pela manhã. Mas isso é uma coisa de hábito mesmo, é só manter aquele ritmo que o organismo vai se habituar”, afirma Pontes.
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Uma dica para melhorar a adaptação é dormir com a janela aberta, para que a luminosidade natural ajude a despertar mais cedo.
Alimentação também muda
Segundo a nutricionista Luciana Novaes, o impacto maior na alimentação em relação ao período de horário de verão está no calor mais latente das temperaturas que a época provoca. Por isso, uma alimentação leve é a base fundamental para não sobrecarregar o organismo.
“Acordar uma hora mais cedo influencia o relógio biológico da pessoa, mas não há alimentação específica para isso. É uma questão de adaptação mesmo, igual a um fuso horário. Não há conduta alimentar que diminua esse impacto. A orientação sempre será refeições leves tanto pelo calor quanto pelo período de adaptação do organismo ao novo horário alimentar”, explica a profissional apresentando pequenas dicas de uma alimentação mais equilibrada.
Alimentação
– Comidas mais leves: Pratos como saladas são uma ótima opção. Como medida para que não se gere mais calor no corpo, nosso metabolismo fica lento e não temos tanto apetite. Uma alimentação leve será melhor para a digestão e não irá sobrecarregar o funcionamento do nosso organismo, evitando assim um mal-estar.
– Menos carnes vermelhas: Essas proteínas devem ser menos consumidas, pela própria gordura do alimento. Carnes brancas como frango e principalmente os peixes deixam a digestão mais fácil.
– Frutas para os lanches: Além de serem alimentos leves, as que possuem muito caldo também hidratam. Uma boa opção para ingerir frutas é em forma de sucos, como de laranja, limão e outros tipos.
– O que devemos evitar: Alimentos fritos, gordurosos, excesso de carboidrato refinado, bebidas alcoólicas, sorvetes de massa. “Prefira os alimentos cozidos, alimentos integrais, sucos e picolés de frutas sem açúcar”, destaca a nutricionista.
Fonte: JCNET