27 de novembro, 2024

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Homem morre em Bauru após esperar nove dias por vaga em UTI

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Um homem de 56 anos morreu nesta terça-feira (12) em Bauru (SP) depois de aguardar nove dias por uma vaga em UTI. Carlos Augusto Barbosa sofria de cirrose e estava na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do Jardim Bela Vista à espera de um leito de UTI em um hospital público.

Após a longa espera, o paciente foi transferido para o Hospital Estadual por conta de uma decisão judicial, mas morreu horas depois de conseguir a vaga. Segundo a advogada da família, Rosângela Breve, não restou á família outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário.

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A situação da falta de leitos em Bauru vem dando sinais de piora. No último sábado (9), uma mulher com meningite só conseguiu uma vaga em hospital após 22 horas de espera – ela também estava na UPA da Bela Vista.

Em maio, um paciente de 38 anos com tuberculose morreu à espera de vaga na UTI em Bauru. Em agosto, o drama se repetiu e um homem de 70 anos também morreu após esperar 96 horas por sua vaga em hospital público.

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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, todos os dias pelo menos 40 pessoas ficam internadas no Pronto-Ssocorro e nas UPAs à espera de vagas em hospitais do estado.

Sem uma resposta do poder público, boa parte das famílias acaba procurando a Justiça. De junho até agora, 181 pessoas recorreram à Defensoria Pública de Bauru para garantir a internação de parentes. No primeiro semestre, levantamento registrou aumento de 180% dos casos de procura pela Justiça por falta de leitos.

“O Estado tem o dever de providenciar a internação, seja nos hospitais estaduais do próprio estado ou município, ou da União, e caso não haja a vaga, tem o dever de providenciar a internação na rede particular”, explica o defensor público Alanderson de Jesus Vidal.

Outro lado

O Hospital Estadual de Bauru afirmou em nota que as unidades de saúde precisam atualizar diariamente o quadro clínico dos pacientes quando há solicitação de transferência, mas no caso do senhor Carlos Augusto Barbosa, o hospital não recebia informações há dois dias.

A Secretaria de Saúde de Bauru informou que a vaga foi finalizada pela central de regulação, a Cross, no dia 9, e desde então não pôde mais atualizar o sistema.

A Secretaria Estadual de Saúde enviou nota dizendo que o fortalecimento da assistência, com a ampliação de leitos, não é uma prerrogativa do estado, cabendo também aos municípios e à União.

Fonte: G1

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