Homem mata mulher de 25 anos em SP, mas é solto por causa da lei eleitoral

O homem que se entregou à polícia na quinta-feira (27) por matar a esposa de 25 anos a facadas, em Taboão da Serra, foi liberado devido à lei eleitoral, que proíbe prisões que não sejam flagrantes perto das eleições. A Polícia Civil conseguiu mandado de prisão temporária na Justiça, mas não pôde cumpri-lo.

Luis Fernando da Silva, de 25 anos, estava foragido desde sábado (22), quando o crime foi registrado. A mulher dele, Thalia Karoline Andrade do Nascimento, foi morta a facadas dentro de casa.

Ela chegou a ser levada ao Hospital Geral de Pirajussara, mas não resistiu. Thalia tinha duas filhas de 8 anos e 8 meses.

Câmeras de segurança gravaram parte das agressões. Nas imagens, é possível ver que Thalia voltava para casa acompanhada de dois amigos, na madrugada de sábado. Luís Fernando aparece e abre o portão, discute e empurra o homem de blusa vermelha.

Naquele momento, ele já estava com uma faca de cabo branco na cintura. Dentro da garagem, o agressor puxa Thalia pelos cabelos e arrasta a vítima pelas escadas. Minutos depois, vai embora correndo e tira a camisa.

Prima atacada

Uma prima dela, que estava dormindo, acordou com os gritos e foi esfaqueada. A prima conseguiu fugir e pulou a janela para pedir ajuda. Thaisa Nascimento sobreviveu, mas está com cicatrizes nos braços, mão, cabeça e nas costas.

“Eu pedindo pra ele parar, aí quando fui me aproximando deles, ele já me empurrou de volta pra cama e veio com a mesma faca pra cima de mim. Lembro que ele me prendeu na parede e tava me dando facada. Eu estava tentando me defender com os braços e abaixando a cabeça”, lembra.

Agressões frequentes

Franciana Nascimento, mãe da vítima, contou que em um mês de namoro a vítima sofreu agressões e chegou a terminar o relacionamento. O casal estava junto havia cinco meses.

“Ele bateu nela e acabou [o relacionamento]. Aí voltou e aquela promessa de homem: eu te amo, volta pra mim, você é a mulher da minha vida. Depois teve a segunda agressão, que foi um soco olho dela. Na terceira agressão um outro murro no olho e a quarta agressão foi essa que levou a vida dela”, lamenta.

Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados pelo telefone 180, da central de atendimento à mulher, e pelo 190 da Polícia Militar.

Fonte: G1