20 abril, 2024

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Homem gay diz que skinheads desenharam suástica: ‘Machucam e até matam’

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A vítima de um crime brutal em Itaguara, no interior de Minas Gerais, contou detalhes sobre o ataque sofrido na terça-feira (13).

O homem, que é gay, preferiu não se identificar, reforçou também a importância de que crimes contra minorias sejam denunciados. Para a vítima, o grupo de agressores era formado por skinheads — pessoas que promovem e praticam ideias do regime nazista.

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“Eu sei que se tratava de skinheads porque morei em Belo Horizonte por muito tempo, então era a turma que todo mundo temia. Eles tinham problemas com negros, homossexuais, judeus, gordos… Tudo que foge ao padrão deles, eles abominam!”, disse ele. “E numa oportunidade, eles machucam e eles até matam.

O homem foi atacado na última terça-feira, após atender ao último cliente de sua lan house, que funciona no mesmo terreno de sua residência. Ele foi abordado por um grupo e dopado com uma injeção no pescoço, segundo a polícia.

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Ele sofreu cortes pelo corpo, da lombar até as nádegas, e teve uma suástica desenhada em seu rosto, além de uma ameaça redigida na barriga: “Na próxima você morre”. Ele contou ter visto o grupo na semana passada, ocasião em que foi hostilizado.

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o caso como lesão corporal, mesmo com indícios de outros três crimes: homofobia, ameaça e apologia ao nazismo. Hoje, a vítima deve prestar novos esclarecimentos ao delegado. Para ele, a Polícia Militar (PM) instaurou o inquérito da forma que viu.

“O que aconteceu foi que o SAMU, ao me socorrer, chamou a Polícia Militar e eles fizeram o inquérito do jeito que eles viram. Eu não cheguei a falar com eles em lesão corporal, nem violência sexual ou qualquer outra coisa. Então, eu não sei como que vai ser”, disse ele ontem à reportagem.

Sobre a substância com a qual foi dopado, ele conta que ainda não identificada, já que ele não passou por nenhum exame de sangue. “O hospital não tem identificação da substância porque não foi feito nenhum exame de sangue, não houve nenhum outro tipo de exame para detectar o que era, se era um coquetel de vírus ou bactérias, fungos ou tudo junto. Não sei se foi uma droga para me deixar mais baqueado ou algo assim”, afirmou.

O atendimento à vítima foi feito na Santa Casa de Misericórdia de Itaguara. Agora, ele segue com os cuidados fora do hospital. Familiares e amigos têm prestado apoio ao homem. Ele, que sofre da síndrome extrapiramidal (transtorno motor), contou que vem apresentando tremores involuntários nas mãos após a agressão.

A gravidade do caso chocou a cidade mineira. O homem reiterou a importância de denunciar os crimes e dar visibilidade a casos como esse. “Acho que quanto mais esse assunto rodar, melhor vai ser, porque infelizmente as minorias temem os skinheads. Qualquer minoria que sofre qualquer tipo de violência, bullying e piada tem sim que denunciar”, afirmou.

UOL

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