26 de novembro, 2024

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Homem é suspeito de bater em bebê de dois meses por achar que não era sua filha, em SC

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O bebê de dois meses que está internada em estado grave em Capivari de Baixo, no Sul do Estado de Santa Catarina, após ter sido supostamente agredida pelo pai, já tinha sido hospitalizada outras três vezes. Uma delas foi aos 12 dias de vida, quando teve três costelas quebradas, informou o Conselho Tutelar. O suspeito, de 25 anos, foi preso em flagrante na tarde de terça-feira (17) e deverá responder por maus-tratos e tentativa de assassinato.

A mãe da vítima, de 21 anos, poderá ser indiciada por omissão. Inicialmente, ela negou que o marido tivesse agredido a menina, mas depois confessou. Ao Conselho Tutelar, a mulher disse que sofria violência doméstica e era ameaçada de morte. O casal tem outros três filhos: dois meninos de 8 e 4 anos, e uma garota de 2 anos.

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O delegado responsável pelo caso, Vandilson Moreira da Silva, disse que a suspeita é que as agressões tenham sido motivadas porque o pai acha que a bebê não é filha biológica dele. O casal é negro, assim como os três filhos mais velhos. A caçula é branca.

A vítima passou por cirurgia e está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Ela teve oito fraturas, segundo o Conselho Tutelar, e múltiplas lesões na terça, inclusive um afundamento do crânio.

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“O prontuário médico da criança foi solicitado para elaboração do laudo pericial indireto. E com base nas informações do laudo, a polícia investigará a conduta da mãe de ter se omitido em comunicar o fato para as autoridades”, disse o delegado.

Sobre a lesão na cabeça, Silva disse que ainda não dá para precisar como o ferimento foi causado, mas que acredita que tenha sido um soco.

Internações

Na primeira vez que a bebê foi internada, por causa de três costelas quebradas, a mãe falou à equipe hospitalar que a filha caiu da banheira. A segunda foi por pneumonia, quando o Conselho Tutelar disse ter sido acionado e que encaminhou o caso para o Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

A terceira internação foi por convulsão e, após a criança ter sido hospitalizada pela quarta vez, na manhã de terça, o Conselho Tutelar chamou a Polícia Civil. A menina está no Hospital Nossa Senhora da Conceição.

Os outros três filhos do casal estão com a avó materna. “Agora ela [a mãe] vai poder ver os filhos, mas vai ficar sob responsabilidade da mãe dela até ser investigado o caso”, disse a conselheira tutelar Ariele Valadares.

Motivação

“A motivação, de acordo com o que foi apurado sumariamente, seria o pai suspeitar que não se tratava da filha dele por ela ter nascido com pele branca”, disse o delegado. A mãe disse à Polícia Civil que pretendia fazer exame de DNA para comprovar a paternidade. A investigação, porém, está centrada somente nas agressões.

“Não pediremos exames dessa natureza [DNA] no inquérito porque não é o nosso objetivo, a princípio, resolver essa questão sobre a paternidade. Esse assunto é de interesse exclusivo deles, principalmente do pai, porque se der negativo trará outras consequências entre o casal”, explicou Silva.

Prisão

Servente de pedreiro, o pai da bebê está preso no Presídio de Tubarão. A Polícia Civil foi até a casa da família na terça e ainda aguarda um laudo pericial para confirmar as agressões. O delegado responsável pediu a prisão preventiva do suspeito.

Fonte: G1

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