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Um homem de 47 anos foi preso na noite de terça-feira (4) por suspeita de estuprar a filha de 11 anos, no bairro de Jardim Paulista, em Paulista, no Grande Recife. Segundo a polícia, o crime ocorreu quando a menina dormia na casa dele.
O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável e encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, na área central do Recife, onde fez exames e depois seguiu para audiência de custódia.
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De acordo com o delegado Antônio de Campos, titular da Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente e Atos Infracionais (DPCCAI), os pais são separados e a vítima tinha ido à casa do pai com o irmão de 10 anos para comer uma macarronada, na noite da última segunda-feira (3). “O menino era quem ia, e a filha acabou indo também. Como as duas casas são perto uma da outra, eles acabaram dormindo lá”, disse.
Campos disse que os três dormiam em uma cama de casal. A menina ficava num canto, o pai no outro lado, e o irmão entre os dois.
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“No meio da madrugada, ela notou alguém mudando ela de lugar, mas estava muito sonolenta e adormeceu de novo. Depois, quando acordou, viu que estava com o vestido levantado e o short arriado enquanto o pai estava encostado nela por trás segurando o cabelo”, relatou o delegado.
Com medo, a vítima teria puxado um travesseiro, tentando acordar o irmão, sem sucesso.
“Depois que terminou, o pai foi ao banheiro e ela ia sair dali de madrugada mesmo, mas a porta do quarto estava trancada. Ela voltou pra cama e conseguiu adormecer muito tempo depois. De manhã, o menino acordou e foi ao banheiro, e o pai disse a ela para não contar à mãe, porque, em caso de denúncia, ele não ia dar o celular pra ela nem ia fazer a festa de aniversário dela”, disse Campos.
Ao voltar para casa, a mãe percebeu que a garota se comportava de forma diferente e perguntou se tinha acontecido alguma coisa. “A menina disse, a mãe não pensou duas vezes e a trouxe para a delegacia. Nós ouvimos a história, o psicólogo fez a ouvida da vítima. Eu disse à mãe que, quando soubesse onde o suspeito estava, atraísse ele para algum lugar. Ela marcou com ele numa praça e mostrou a foto do Facebook dele, e os policiais o identificaram”, disse o delegado.
Segundo o delegado, o acusado alegou, no depoimento, que estava embriagado e que não se lembrava do ocorrido. “Ele disse que estava com problemas pessoais e, como a mãe tinha dito que não mandaria os filhos lá se ele bebesse, bebia uma lata de cachaça escondido e os filhos não perceberam”, disse Campos.
Reincidência
Ainda de acordo com o delegado, essa não é a primeira vez que a menina é vítima de violência sexual do pai. Ela é a mais velha e tem outros dois irmãos – um menino de 10 e uma menina de 9. Desde que os pais se separaram, em 2010, as crianças visitavam o pai nos fins de semana.
“Até junho [deste ano], quando, ao voltar para a casa da mãe, numa segunda-feira, ela (a filha mais velha) estava muito triste, sem dizer nada. A mãe achou estranho e começou a perguntar, até que a menina disse que ele (o pai) estava muito bêbado e tinha colocado a mão na vagina dela. A mãe conversou com o pai, e ele disse que a menina tinha se confundido, tinha só trocado ela de roupa”, disse Campos.
Após o episódio, a mãe proibiu os filhos de frequentar a casa do pai e, a partir daí, ele só veria as crianças durante visitas rápidas na casa da ex-mulher. Porém, no mês passado, os filhos pediram para voltar a visitá-lo nos dias de folga, e a mãe permitiu. “E, assim, eles ainda foram uns dois fins de semana até a última segunda-feira”, afirmou o delegado.
Fonte: G1