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A polícia do estado de Louisiana, nos Estados Unidos, prendeu na quarta-feira (10) o homem de 21 anos acusado de atear fogo em três igrejas centenárias na região da cidade de Opelousas. De acordo com a agência Associated Press, os templos eram frequentados por pessoas negras, e o FBI apura se houve motivação racista para o crime.
Os incêndios ocorreram entre 26 de março e 2 de abril. As igrejas – todas construídas há mais de 100 anos – estavam vazias, e, portanto, ninguém se feriu. Cada uma delas servia às comunidades afro-americanas na região rural perto da cidade de Opelousas, a cerca de 220 km de Nova Orleans.
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O chefe do Corpo de Bombeiros local, Butch Browning, disse que o homem agiu sozinho. Ele, no entanto, preferiu não comentar o que teria levado o acusado a cometer os incêndios.
No entanto, o governo do estado de Louisiana, John Bel Edwards, afirmou que os incêndios foram “especialmente dolorosos” porque lembram “um passado horrível de medo e intimidação”.
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O sul dos Estados Unidos sofreu durante décadas com ataques a igrejas frequentadas pela população afro-americana, especialmente durante a vigência das leis de segregação apelidadas de Jim Crow. Somente em 1965 elas foram completamente retiradas.
O estado de Louisiana é o segundo com maior população negra nos EUA – 37,3% dos habitantes locais têm origem afro-americana, de acordo com censo de 2010.
Agente ajudou a prender o próprio filho
O acusado é filho de um dos assistentes do xerife local. O pai, inclusive, ajudou as autoridades norte-americanas a prender o rapaz.
“Ele está devastado. Foi muito difícil”, disse o xerife Bobby Guidroz sobre a reação do pai ao saber que o próprio filho era o principal suspeito do crime.
Os investigadores chegaram ao acusado com a ajuda de câmeras de segurança de casas e comércios próximos às igrejas queimadas, e com rastreamento de telefone celular. Além disso, eles encontraram o recibo da compra dos equipamentos inflamáveis para atear fogo.
O homem, agora, vai responder por três acusações de incêndio a estabelecimento religioso. Somadas as penas, ele pode ser condenado a 45 anos de cadeia.
Fonte: Yahoo!