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Agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) encontraram 14 tucanos-de-bico-arco-íris vivos escondidos dentro do painel de um Volkswagen Passat durante uma inspeção de rotina na fronteira com o México. O flagrante aconteceu em 25 de junho, no posto de Otay Mesa, em San Diego, Califórnia, quando um cão farejador sinalizou a presença de algo suspeito no veículo.
As aves, uma espécie ameaçada nativa da América Central e do Sul, estavam sedadas, com os bicos amarrados e algumas apresentavam ferimentos, como caudas quebradas e até uma pata fraturada. Segundo autoridades, cada tucano poderia ser vendido ilegalmente por até US$ 5 mil.
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O motorista, Carlos Abundez, de 35 anos, residente em San Ysidro, Califórnia, alegou desconhecer a origem das aves. Ele afirmou à polícia que deixou o carro estacionado e trancado em sua casa em Tijuana, no México, e que só atravessava a fronteira para “buscar um lanche no McDonald’s”. No entanto, foi formalmente acusado de contrabando e importação ilegal, crimes que podem render até 20 anos de prisão e multa de US$ 250 mil.
Após a audiência inicial na Corte Distrital de San Diego, em 7 de julho, Abundez foi liberado mediante fiança de US$ 10 mil e autorizado a retornar ao México. O julgamento está marcado para 7 de agosto.
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As aves foram levadas para o Centro de Importação Animal do Departamento de Agricultura dos EUA, onde passam por quarentena e cuidados veterinários. De acordo com as autoridades, todas estão em condição estável. “Contrabandear aves sedadas e escondê-las em compartimentos de carro não é apenas cruel, é criminoso”, declarou Adam Gordon ao New York Times, procurador dos EUA para o Distrito Sul da Califórnia.
Além da crueldade, o tráfico de animais silvestres representa riscos para a saúde pública e a agricultura. “Essas aves entram sem passar por quarentena e podem carregar doenças devastadoras, como a gripe aviária”, alertou Gordon.
Fonte: Um Só Planeta
