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O principal suspeito de matar a grávida e o homem encontrados carbonizados dentro de um carro em Coroados (SP) confessou o crime e disse que voltou para retirar as placas do veículo depois de queimá-los vivos, segundo informou o delegado responsável pelo caso, Paulo de Tarso.
Os assassinatos foram registrados em 17 de outubro, na estrada da Caximba, zona rural do município. De acordo com a Polícia Civil, as vítimas foram identificadas como Ellen Priscila Ferreira da Silva, de 24 anos, e Ely Carlos dos Santos, de 39.
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Além de um calçadista, de 38 anos, apontado como principal suspeito de cometer o crime, foram presos um jovem de 18 anos e uma mulher de 36. Um adolescente de 17 anos também foi apreendido.
Em 29 de outubro, 12 dias depois de os corpos terem sido encontrados por moradores, os suspeitos foram levados à delegacia, onde prestaram depoimento à Polícia Civil.
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O calçadista optou por permanecer em silêncio na época em que foi preso, mas posteriormente pediu para ser interrogado de novo.
“Ele confessou tudo e bateu exatamente com o que nosso trabalho de apuração tinha apontado. As vítimas realmente estavam vivas no momento em que foram queimadas”, informou o delegado responsável pelo caso.
Motel
De acordo com o delegado, Ellen, Ely e o calçadista foram a um motel usar drogas antes de as mortes ocorrerem.
Dentro de um dos quartos do estabelecimento, houve uma discussão entre os homens. O suspeito, então, pegou uma faca e esfaqueou Ely.
Ao ver o amigo ferido e sangrando, Ellen entrou no meio para tentar impedir, mas também acabou sendo golpeada pelo homem.
“As vítimas foram colocadas no carro da Ellen e levadas a um bairro. A companheira do calçadista foi chamada e também compareceu. Ela saiu para buscar gasolina e voltou com os outros dois rapazes. O calçadista mandou um dos rapazes jogar gasolina e ateou fogo nas vítimas vivas”, disse o delegado.
“Logo depois, o calçadista retornou ao local do crime para verificar se a Ellen e o Ely realmente estavam mortos. Ele retirou as placas do veículo e as jogou em um riacho para tentar atrapalhar a investigação.”
Motivação
Segundo o delegado, Ellen esperava um filho do principal suspeito de cometer o crime. No entanto, a mulher que levou o galão de gasolina também estava grávida do calçadista.
No começo da investigação, a Polícia Civil trabalhava com três possibilidades: dívidas de drogas, crime passional e acerto de contas pelo fato de Ellen ter sido testemunha em um caso de tentativa de homicídio cometido pelo calçadista.
“Ele [calçadista] disse que cometeu o crime por ter sido delatado. Ele também contou que as vítimas tinham informado à polícia que ele estava traficando. Realmente não sei o que passou na cabeça dele”, afirmou delegado.
O inquérito sobre o caso ainda está aberto. O delegado deve pedir a prorrogação da prisão temporária de todos os suspeitos envolvidos no crime.
O G1 tentou contato com as famílias das vítimas, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem
Fonte: G1