10 de maio, 2025

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Homem a cavalo sobrevive a carga elétrica de 13,8 mil volts graças a sela

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O arquiteto carioca Flavio Santoro, de 58 anos, viu os primeiros dias do ano, que deveriam ser de descanso na companhia do cavalo de estimação, um premiado Mangalarga marchador, se tornarem um verdadeiro pesadelo. Neste sábado, a dupla passeava por uma rua de Secretário, distrito de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, quando o animal pisou num cabo de média tensão, de 13,8 mil volts, que caíra no chão no dia anterior, não resistiu e morreu. Por sorte, Gaúcho estava equipado com uma sela com material isolante, o que evitou uma corrente elétrica fatal. Segundo relatos de vizinhos, moradores fizeram diversos alertas à Ampla sobre a fiação, mas a companhia elétrica só esteve no local após o acidente.

— Eu não vi o fio que, apesar da voltagem, era bem fino. Só percebi que tinha algo errado quando Gaúcho começou a escorregar. Por fim, acabei caindo num matagal do lado da estrada, enquanto ele ficou sobre o fio, preso. Levou alguns segundos até morrer. Foi horrível. Acho que dificilmente vou me esquecer disso — conta o arquiteto, socorrido por vizinhos que, em seguida, entraram em contato com a Ampla para informar sobre o acidente.

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Flávio conta que chegou a sentir a passagem da corrente por todo o corpo, e que ainda tem dores em função da queda brusca. Ainda sem se refazer do susto, diz que “a ficha não caiu”, e que está dividido entre a alegria de ter sobrevivido e o pesar da perda de um grande amigo.

— Foi um susto muito grande. O técnico da empresa, que esteve lá depois do acidente, me disse que nasci de novo, porque o fio tinha mais de 12 mil volts. Não sei quando vou voltar a montar e nem tenho certeza de que quero ter um cavalo de novo. Gaúcho tinha 12 anos e era um grande companheiro, mas podia ter sido pior, como uma criança ou uma família — revela o arquiteto, que pretende processar a empresa por danos morais e materiais, já que o cavalo custava entre R$ 15 e R$ 20 mil, e era dono de prêmios em provas de marcha e tambor.

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Professor explica ‘sorte’

Segundo o professor do Departamento de Engenharia Elétrica da PUC-Rio, Reinaldo Castro Souza, a voltagem de média tensão — de 13,8 mil volts—, normalmente encontrada em cabos suspensos, nas chamadas linhas aéreas, é muito superior à corrente que um homem, ou mesmo um animal de grande porte, pode suportar.

— Quando tocamos uma tomada de 220v, trememos; em contato com 440v, temos taquicardia e já estamos em alto risco, e o índice de sobrevivência se torna raríssimo. A corrente só não passou pelo corpo do cavaleiro porque havia um isolante para protegê-lo o que, no caso, foi a sela, muito provavelmente feita com algum revestimento especial — explica ele, que ressalta a sorte do cavaleiro: — Ele provavelmente estaria morto se não fosse pela sela.

O professor também diz que linhas subterrâneas, mais comuns em áreas centrais de grandes cidades, são muito mais seguras para a população e que, por terem custo mais alto, acabam sendo opções para bairros em subúrbios e em cidades do interior.

Confira, na íntegra, nota enviada ao Extra pela assessoria de imprensa da Ampla:

A Ampla informa que após chuva e ventos fortes uma árvore caiu sobre a rede de energia elétrica rompendo um cabo no dia 02 de janeiro, em Secretário. A empresa esclarece que o cabo já foi reparado.

Fonte: Extra

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