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Depois de ser nomeado como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista “Time”, Lewis Hamilton deu início a um projeto de pesquisa com intuito de identificar quais são os fatores que limitam o acesso de pessoas negras ao automobilismo. A força-tarefa “Comissão Hamilton”, será desenvolvida em conjunto com a Real Academia Britânica de Engenharia.
A iniciativa vai contar com outro nome ligado à F1: Martin Whitmarsh, que chefiou a McLaren entre 2009 e 2014, substituindo Ron Dennis – que retornou para a função no primeiro ano da era híbrida da categoria. Hayaatun Sillem, diretora-executiva da Real Academia Britânica de Engenharia, comanda o projeto ao lado de Hamilton.
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– Na Fórmula 1, nossas equipes são muito maiores do que os dois atletas à sua frente, mas a representatividade ainda é insuficiente em todas as áreas de atuação, da garagem aos engenheiros nas fábricas. A mudança não virá rápido e precisamos saber o porquê. Estou orgulhoso de trabalhar com a Real Academia de Engenharia e nosso incrível Conselho de Comissários para identificar as barreiras enfrentadas por jovens negros para assumir carreiras científicas no automobilismo. Estamos nos dedicando a essa causa e, juntos, vamos promover mudanças – declarou o piloto, nomeado como membro honorário da Academia em dezembro de 2019.
O projeto contará com 14 comissários que representarão áreas ligadas ao assunto, como universidades, escolas, grupos comunitários, partidos políticos e o próprio automobilismo. Os colaboradores serão responsáveis por identificar os desafios encontrados por pessoas negras no caminho do esporte a motor, definindo direcionamentos que podem ajudar a transformar o cenário.
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A falta de diversidade racial na F1 é uma questão levantada por Hamilton sobretudo na atual temporada da categoria. Ao anunciar a mudança da pintura do W11, carro da Mercedes em 2020, a equipe do hexacampeão revelou que apenas 12% de seus funcionários são mulheres e que só 3% do quadro de empregados são racializados.
Líder do campeonato, o britânico também tem utilizado sua plataforma no esporte para se pronunciar contra a discriminação racial. Na última etapa da F1, no GP da Toscana, o hexacampeão subiu ao pódio com uma camiseta em protesto a morte da socorrista afroamericana Breonna Taylor.
A primeira reunião da Comissão Hamilton foi realizada no início do mês e novos encontros devem ser promovidos a cada três meses. A expectativa é que o projeto consiga, em nove meses, definir pontos de ação para implementar mudanças efetivas no automobilismo.
Fonte: G1 – Foto: Clive Mason/Formula 1