28 março, 2024

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Hábito ou vício? Saiba se seu filho precisa de um detox digital e como fazê-lo

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Embora as GERAÇÕES MAIS ATUAIS JÁ TENHAM NASCIDO EM UM MUNDO DIGITAL, e com fácil acesso à tecnologia, o uso excessivo dela pode causar prejuízos à infância, inclusive, em longo prazo. “Ficar no tablet e nos televisores não ajuda no DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO das áreas que as crianças precisam”, diz a Dra. Mayra Gaiato, psicóloga infantil mestre em análise experimental do comportamento, criadora do canal do YouTube que leva o seu próprio nome.

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REALIDADE EM XEQUE

ALIENAÇÃO DA REALIDADE, falta total de noção, de percepção do outro e de empatia social, assim como DÉFICIT NO APRENDIZADO ESCOLAR estão dentre as consequências passíveis de se sucederem. A especialista avisa que, nesse sentido, a concorrência é desleal: “porque a escola tem livro, papel e professor dando ‘tarefas difíceis’; os games, por exemplo, têm cores, sons e ESTÍMULOS MUITO MAIS CONVIDATIVOS PARA O CÉREBRO”. Para ela, se os pequenos dispõem dessa oportunidade mais frequentemente, os estudos vão ser cada vez menos interessantes.

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Pais precisam impor limite de horas diárias em frente às telas FOTO: thinkstock

EXTREMOS DANOSOS

O grau máximo, ela aponta, pode levar a não efetuar as refeições sem que haja um aparelho ligado ao lado. “Tem aqueles que só comem se estiverem assistindo a um vídeo, desenho; eles estão tão acostumados, condicionados, que começam a chorar se não tiverem o que precisam – os pais desistem e cedem à vontade para que, pelo menos, se alimentem”.

INDICAÇÃO PROFISSIONAL

“A Sociedade de Pediatria e dos Médicos indica, no máximo, TRÊS HORAS DE TELA POR DIA, PARA TODAS AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES, A PARTIR DOS DOIS ANOS DE IDADE”, a doutora afirma. “Isso inclui celular, computador – e, ainda o período que a elas passam realizando a lição e PESQUISAS PARA A ESCOLA em outros gadgets”.

Antes dessa fase, nem pensar, recomenda. “Até o segundo ano, elas dormem muito,  e permanecem pouco acordadas. Então a gente precisa usar toda e qualquer ocasião que tiverem para incentivar, na prática, o comportamento delas”.

Indícios perceptíveis

Segundo a profissional, é possível identificar que o hábito está se tornando um problema maior quando os pequenos deixam de fazer outros programas para se dedicarem aos eletrônicos. “A gente percebe que está no limite quando eles SE IRRITAM DE FICAREM LONGE DOS TELEVISORES OU GAMES – isso já é um SINTOMA IMPORTANTE DE VÍCIO, exagero, INTOXICAÇÃO PELAS MÍDIAS”, a especialista alerta. “Se eles trocam programas para poderem permanecer em casa fazendo coisas nos games, precisa reduzir, drasticamente, esse tempo”.

Para se libertar do vício é necessário estimular atividades ao ar livre - mas que não envolvam os aparelhos eletrônicos, por favor! FOTO: thinkstock

DETOX DIGITAL

Primeiramente, a determinação é que permanência caia para meia hora por cada vez que utilizar algum recurso do gênero. “Então é necessário ENCORAJAR ATIVIDADES AO AR LIVRE e encontrar prazer nelas. Levar os filhos para parques, piscinas, clubes, lugares em que possam ter satisfação, alegria”.

Depois, desse total, corta-se metade. E, assim, vai diminuindo para chegar no mais aconselhado (lembrando que as três horas são o total diário). “Mesmo que eles reclamem (e, no início, vão reclamar!), a gente DEVE ESTIPULAR O LIMITE E A REGRA – há que se insistir, aguentar a cara feia deles, mas não deixar que voltem para o vício”, a Dra. Mayra fala.

FORÇA DOS PAIS

“Para isso, precisa de um investimento dos pais – de fazerem junto com eles. É muito mais fácil e cômodo que os pequenos fiquem felizes e quietinhos ali no universo virtual, do que sair e ter esse ‘trabalhão’ todo com eles fora de casa”, aconselha. “A gente NÃO TEM QUE EVITAR A TECNOLOGIA: TEM QUE APLICÁ-LA A NOSSO FAVOR. Ela também apresenta vários benefícios: são diversos os APLICATIVOS EDUCATIVOS PARA O CÉREBRO NO TABLET, no celular; as CONVERSAS/CHATS ONLINE são um meio de comunicação importante e que fazem parte da segurança, dos responsáveis poderem acessar e interagir com eles”.

Fonte: Daquidali

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