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Funcionários do Cais Urias Magalhães, em Goiânia, além de comerciantes da região, estão comovidos com a história de um cachorro que espera há mais de um mês pelo dono na porta da unidade de saúde. Segundo eles, o proprietário do vira-lata era morador de rua e chegou até o local acompanhado pelo cachorro, mas acabou falecendo no mesmo dia. Desde então, o Negão – como foi apelidado pelos funcionários – não sai da porta da unidade.
De acordo com a auxiliar administrativa do Cais, Rose Ribeiro, o cachorro passa o dia todo na porta onde o dono deu entrada, como se esperasse que ele retornasse pelo mesmo local.
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“Ele fica bem na entrada, aonde o paciente entrou ele ficou. Como ele não podia entrar aqui, ficava bem na porta de vidro”, conta.
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De tanto ver o vira-lata no local – sempre abatido – a Maria Azevedo, dona de uma banca de caldo de cana que fica em frente ao Cais, decidiu cuidar do animal.
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O marido de Maria, Francisco Azevedo, também ajuda a cuidar do Negão.
“Nos primeiros dias ele estava bem assustado. Procurei cuidar dele, dar carinho, água, já que ele estava tão solitário. Depois ele foi acostumando com a gente”, conta.
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Adoção
Maria conta que não tem condições de adotar o Negão, pois já tem duas cachorras grandes em casa e atualmente também cuida de outro cachorro de rua, que está com câncer e precisa passar por cirurgia.
“A gente espera que alguém o adote, porque está difícil aqui para gente cuidar dele. E ele é porte grande, então precisa de um lugar com espaço”, comenta.
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A comerciante Thamera Katiuscia conta que frequenta o Cais Urias Magalhães há um mês para um tratamento e, desde então, vê o Negão por lá.
“Trago comida para ele, trouxe vermífugo também. Já tem um mês que venho e o vejo por aqui. Torço para que alguém se sensibilize e o adote. Eu, infelizmente, não posso”, diz.
O guarda municipal Ediel Fernandes Souza, que trabalha no local, também tem acompanhado a rotina do Negão.
“O dono dele chegou aqui mal e veio a óbito no mesmo dia, e o cachorro ficou na porta como se estivesse esperando uma resposta. Agora ele vai adaptando com o pessoal daqui, mas nem sempre ele tem o tratamento que ele precisava ter se tivesse um dono”, relata.
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Fonte: G1