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A empresa de ônibus em Botucatu, citada por reportagem do jornal “Estado de Minas”, cujo proprietários estariam envolvidos em um golpe milionário contra o Banco do Brasil, em Minas Gerais, seria a Reta Rápido Transportes Ltda., que adquiriu as operações do Lote 2 da Concessão do Transporte Coletivo em Botucatu da empresa São Dimas e, por quase 2 anos, operou na Cidade usando nos ônibus o nome da antiga empresa vencedora da Concorrência Pública. O Ministério Público de Minas Gerais denunciou que 11 empresas, adquiridas entre 2013 e 2015, foram usadas para a lavagem de dinheiro com depósitos de aproximadamente R$ 19 milhões em dinheiro.
A venda da São Dimas para a Reta Rápido Transportes ocorreu em março de 2015, mas em janeiro de 2017 o negócio foi desfeito por falta de pagamento, segundo informaram os antigos donos da São Dimas na época, que reassumiram a administração da operação dos coletivos em Botucatu. Não houve divulgação do valor do negócio. A situação continua em litígio judicial.
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Conforme relato feito na Câmara Municipal para os Vereadores e divulgado na imprensa, os antigos proprietários da São Dimas tiveram que recorrer à Justiça devido à falta de cumprimento dos acordos de contrato. Segundo informações extraoficiais ainda existem disputas judiciais sendo analisadas no processo.
Retomado judicialmente o negócio em Botucatu, a São Dimas ainda mantém oficialmente o nome “Reta Rápido Transportes”, onde figura como gestora. São Dimas seria o ‘nome fantasia’ no momento.
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No período em que atuou no transporte coletivo de Botucatu, a Reta Rápido Transportes, denunciada pelo MP/MG como empresa do grupo que aplicou golpe milionário no Banco do Brasil, transportou cerca de 2 milhões de passageiros, em 10 meses de 2015 quando a tarifa era de R$ 3,00, arrecadando cerca de R$ 6 milhões.
Em 2016, durante os 12 meses que ficou à frente do Transporte Coletivo de Botucatu, foram cerca de 2,4 milhões de passageiros, com a tarifa no valor de R$ 3,35, totalizando um montante de mais de R$ 8 milhões. Desta forma, somando todo o período que administrou o Transporte de Botucatu, o grupo contabilizou aproximadamente R$ 14 milhões.
Os proprietários da empresa Embraforte Segurança e Transporte de Valores foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Eles são acusados de desviar valores entre 2012 e 2013 no abastecimento de terminais de autoatendimento do Banco do Brasil no Estado. O prejuízo estimado é de, pelo menos, R$ 22,7 milhões. Em 2015, o grupo já tinha sido denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por aplicar o mesmo golpe na Caixa Econômica Federal.
Segundo o site do Ministério Público de Minas Gerais, o MP/MG, através da Promotora de Justiça Nidiane Andrade, identificou 11 empresas usadas pelos denunciados para a lavagem de dinheiro.
Além das empresas registradas em nome de três dos envolvidos diretamente no peculato, havia outras em nome de seus familiares, que, segundo apurado, atuavam como “laranjas” com o objetivo de manter o patrimônio a salvo de possíveis medidas judiciais.
“Três empresas do grupo RRJ em São Paulo foram adquiridas em 2013 após o desvio com a utilização dos recursos do Banco do Brasil, além de outra do ramo de transporte coletivo em Botucatu (SP), em 2015, que é atualmente objeto de disputa judicial com os antigos proprietários”, revela a promotora.
A ação tramita na 5ª Vara Criminal de Belo Horizonte sob o número 1341222-55.2014.8.13.002.
Posicionamento
O Leia Notícias entrou em contato com a assessoria da empresa do Grupo São Dimas, que atualmente administra a Reta Rápido Transportes em Botucatu, que informou que no momento não irá se pronunciar.
Fonte: Haroldo Amaral / Jornal Leia Notícias