04 de julho, 2025

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Grevistas da Unesp fazem ato pelas ruas de Botucatu contra reajuste de 1,5%

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A fria manhã de ontem, 5, foi de barulho por algu­mas ruas na região central de Botucatu. Mais de 150 pessoas, entre servidores técnico-administrativos, professores e alunos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em greve, promoveram manifesta­ção contra a proposta de aumento salarial de 1,5% apresentada pela Reitoria.

O ato teve início no Largo da Catedral, com a concen­tração dos grevistas para debater os rumos da mobi­lização. Na sequência, uma passeata percorreu diver­sos pontos da região Cen­tral, como a Avenida Dom Lúcio e Rua Amando de Barros. Pequenas manifes­tações ocorreram em fren­te à Câmara Municipal e na Praça Emílio Pedutti. Em nenhum momento o trânsi­to ficou comprometido.

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Com cartazes que tra­ziam reivindicações como reajuste maior do que o apresentado pela reitoria, melhoria na infraestrutura educacional, implantação de políticas de valorização profissional e de perma­nência estudantil, o ato também teve palavras de ordem quanto ao que cha­maram de falta de poder de investimento e “sucatea­mento” do ensino superior público.

Tanto professores, quan­to servidores técnico-ad­ministrativos, estão oficial­mente em greve desde 27 de maio, quando rejeita­ram a proposta oferecida pelo Conselho de Reitores das Universidades Estadu­ais Paulistas (Cruesp) – que engloba ainda a Universi­dade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) –

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onde prevê o reajuste sala­rial de 1,5%.

O valor é considerado insuficiente por ambas as categorias, já que seria necessário, conforme es­timativa da entidade, au­mento superior a 16% para o alinhamento nos venci­mentos comparativamen­te com os funcionários das outras duas universidades públicas estaduais, Univer­sidade de São Paulo (USP) e Unicamp.

Outro ponto amplamen­te citado durante a mani­festação foi o imbróglio causado pelo pagamento do décimo terceiro salário dos servidores e profes­sores regidos em sistema autárquico. O crédito do direito trabalhista só ocor­reu por causa de intensa negociação e ordem judi­cial. Para que isso ocor­resse, a própria reitoria da Unesp afirmou que com­prometeria o orçamento de 2018.

Rosana Bicudo, do Sin­dicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp), res­salta que as negociações entre a categoria e reitoria estão paradas e sem pers­pectiva de retomada nos próximos dias.

“Tínhamos uma reunião avaliativa e de negociação com a reitoria marcada para o dia 30 de maio, mas ela foi cancelada devido a problemas que ocorreram na Unicamp e também com

a paralisação dos caminho­neiros e a falta de combus­tíveis. Mas a universidade não agendou, ou mesmo se dispôs a reagendar, uma nova rodada de negocia­ção”, frisou.

Os comandos de greve tanto voltarão a se reunir na manhã desta quarta-fei­ra, 6, para avaliar os rumos da paralisação.

Não são descartados, conforme salientam as di­reções de Sintunesp e da AD Unesp, novos atos e manifestações no câmpus de Rubião Júnior e na Fa­zenda Experimental do La­geado, bem como, na área urbana de Botucatu.

A Unesp conta com mais de 3.700 professores nas mais de 34 unidades insta­ladas em 24 cidades paulis­tas. Fornecem suporte às atividades de ensino, pes­quisa e extensão da uni­versidade mais de 6.700 funcionários.

Os 136 cursos de gradu­ação contam com 33 mil alunos e nos programas de pós-graduação mais de 14 mil alunos estão inscritos.

Fonte: Jornal Leia Notícias Por Flávio Fogueral

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