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A segunda audiência de conciliação entre a Prefeitura de Bauru (SP), a Emdurb, os vereadores e o Sindicato dos Trabalhadores terminou sem acordo na tarde desta quarta-feira (3), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas (SP).
A reunião foi realizada como tentativa de encerrar a greve dos coletores de lixo da Emdurb, que já dura 17 dias.
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No começo da reunião, a Emdurb fez uma proposta ao sindicato: aumentar o vale-compra dos funcionários em R$ 150 a partir de janeiro do ano que vem, de R$ 625 para R$ 775.
A partir de maio de 2023, a empresa prometeu aumentar em mais R$ 150 o valor do vale e, em setembro do mesmo ano, chegar aos R$ 1 mil pedidos desde o início da paralisação.
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Além disso, conforme a proposta da Emdurb, os valores que faltariam para cada funcionário receber R$ 1 mil entre os meses de agosto de 2022 a agosto de 2023 – no valor total de R$ 3.450 – seriam pagos em 12 parcelas a partir de janeiro de 2024, o que corresponde a R$ 287,50 por mês para cada um.
O sindicato, por sua vez, pediu que o primeiro aumento já fosse realizado no próximo mês e não apenas em janeiro. A Emdurb e a prefeitura não aceitaram e, após mais de uma hora de reunião, o acordo não foi selado.
Ainda durante essa segunda tentativa de acordo, o vice-presidente judicial do TRT decidiu reduzir o percentual mínimo de coletores da Emdurb que devem se manter no trabalho. A partir de agora, ao invés de 55%, apenas 30% dos funcionários precisam estar nas ruas.
A medida foi adotada porque a prefeitura contratou uma empresa terceirizada de forma emergencial para fazer a coleta do lixo enquanto a greve acontece.
Sem o acordo para o fim da paralisação, a greve dos coletores da Emdurb não terá mais audiência de conciliação e o impasse deve ir à Justiça.
Em nota, a prefeitura informou que vai ampliar o serviço da empresa contratada, que vai passar a fazer 70% da coleta diária de resíduos.
“Em caso de verificação de descumprimentos por parte da Emdurb, a Prefeitura de Bauru adotará as medidas cabíveis, para que o serviço seja realizado em sua totalidade para a população”, finaliza a nota.
A greve
A paralisação afeta principalmente a coleta de lixo, mas, além dos coletores, 32 funcionários da varrição pública e quatro do Cemitério do Redentor também aderiram ao ato por tempo indeterminado.
O que motivou a insatisfação da categoria foi a aprovação, pelos vereadores, de um projeto do Executivo que aumentou o vale-compra de servidores da administração direta e autarquias, mas sem contemplar a Emdurb. O valor passou de R$ 625 para R$ 1 mil.
Em nota, a prefeitura afirmou que vai ampliar o serviço prestado pela empresa contratada, subindo o percentual de 45% para 70% de coleta do volume diário de resíduos, de maneira a suprir toda a coleta.
Ainda no comunicado, a administração afirmou que adotará “medidas cabíveis” caso seja verificado o descumprimento por parte da Emdurb 30% dos funcionários em atividade, conforme determinado pelo TRT.
Contratação emergencial
A Prefeitura de Bauru (SP) divulgou, no fim da tarde do dia 27 de julho, a assinatura de um contrato emergencial com uma empresa particular para ajudar na coleta de lixo orgânico e tentar amenizar os efeitos da greve.
Segundo a prefeitura, a empresa contratada é a M Construções e Serviços Ltda, com sede no Rio Grande do Norte, mas atuação em cidades paulistas. O valor do contrato emergencial é de R$ 259 por tonelada, com previsão de recolhimento de 144 toneladas por dia.
Desde a última quinta-feira (28), a coleta tem sido realizada conforme o cronograma já estabelecido pela Emdurb, com atendimento de alguns bairros nas segundas, quartas e sextas e outros às terças, quintas e sábados.
Fonte: G1