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O medo e a ansiedade foram sentimentos frequentes durante a gravidez de Maria Cristina Leme Fioruci, moradora de Avaré (SP). Mãe da pequena Isabela, de apenas dois meses, a professora contou que seguiu todos os protocolos para se proteger da Covid-19.
Entre as medidas tomadas, Maria Cristina tomou a primeira dose da vacina contra o coronavírus ainda durante a gravidez, o que permitiu que sua filha nascesse com anticorpos contra a doença.
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O mesmo aconteceu com a farmacêutica Isabela Pereira, de Buri, e as duas falaram sobre a gestação durante a pandemia de coronavírus.
A professora Maria Cristina tomou a primeira dose da vacina assim que completou 28 semanas de gestação.
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“Era um sonho essa gravidez. Nos planejamos, mas tínhamos medo da situação que estamos vivenciando. Comecei a trabalhar home office logo no terceiro mês de gestação e tomei a primeira dose da CoronaVac”, lembra a professora.
Em meio à pandemia, Isabela nasceu saudável e com várias moléculas de esperança no organismo. A bebê passou por um exame que constatou a presença de anticorpos contra a Covid-19.
“Quando eu vi o resultado na internet fiquei super feliz. Liguei para o dono do laboratório e ele ficou impressionado com a carga de anticorpos que ela adquiriu”, conta Maria Cristina.
Já a moradora de Buri, mãe do recém-nascido Joaquim, tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19 pouco antes de descobrir que estava grávida.
Ela foi imunizada com a AstraZeneca, imunizante que teve a aplicação suspensa em gestantes após recomendação da Anvisa. Por isso, alguns dias antes de dar à luz, Isabela completou a imunização com a vacina Pfizer.
“Combinei com meu obstetra para fazer o exame que detecta a presença de anticorpos. Para a nossa surpresa, o Joaquim teve 73%. Eu creio que a primeira dose da AstraZeneca e a amamentação podem ter ajudado”, relata a enfermeira.
O que dizem os especialistas
De acordo com a presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), Rossana Pulcineli Vieira Francisco, a passagem de anticorpos da mãe para o bebê é bem comum.
Segundo ela, a vacinação materna pode passar ao feto um determinado nível de IgG (imunoglobulina G), que é um tipo de anticorpo.
“Como os anticorpos do tipo IgG são pequenininhos, eles passam pela barreira da placenta e podem chegar ao bebê. Uma mamãe que teve Covid ou que foi vacinada pode produzir esses anticorpos”, explica a presidente da SOGESP.
Ainda segundo Rossana, os médicos não sabem até que ponto esses anticorpos são capazes de proteger os bebês e por quanto tempo, mas ela reforçou a importância da imunização.
“Se compararmos uma jovem gestante e uma não gestante, a primeira terá um risco maior de ter complicações. Por isso, é muito importante que as grávidas se vacinem”, finaliza.
Fonte: G1