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As autoridades concluíram, na noite de quinta-feira (5), que a suposta grávida de Santo André, que afirmou ter dado à luz dentro de um carro durante sequestro e deixada em São Vicente, no litoral de São Paulo, sem o seu bebê, na verdade não foi sequestrada, tampouco teve o bebê roubado.
Os exames da Maternidade Municipal de São Vicente, que concluíram que Deise do Espírito Santo não estaria grávida, foram confirmados após Deise revelar as autoridades que, na verdade, sofreu um aborto espontâneo no quinto mês de gestação, mas sustentou a gravidez pelos meses seguintes.
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Segundo revelou o jornalista André Ribeiro do Viva ABC, a gestante ficou com receio de contar ao namorado e demais familiares que havia perdido sua primeira filha com o rapaz, então resolveu manter a postura de grávida.
Nos meses seguintes, sem ninguém desconfiar de nada, dois quartos foram montados para a menina, um na casa dele e outro na casa dela. Realizou-se chá de bebê e a criança um nome: Yoná.
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No oitavo mês de gestação, Deise teria planejado toda a história do sequestro em um táxi, a participação de uma mulher argentina tatuada no rosto, o parto dentro do veículo e o sequestro da criança no litoral de São Paulo para justificar a perda da criança. Porém, a auxiliar de enfermagem não contou com a repercussão do caso e a eficiência da polícia em solucionar o caso.
Mesmo com a conclusão dos exames realizados no hospital de São Vicente, a família de Deise insistiu na história e a transferiu para o Hospital Christóvão da Gama, em Santo André, onde fez exames e ficou internada até a manhã de quarta-feira (4).
Na mesma quarta, familiares divulgaram o laudo de um exame de ultrassom realizado no Hospital Christóvão da Gama que apontava que o útero de Deise tinha “dimensões puerperais”, que sugeriam um parto recente. Procurado, o hospital citado apenas confirmou que a paciente foi atendida na unidade e que não poderia divulgar mais informações.
Deise no litoral paulista
Após o caso se tornar público, a família implorar por ajuda, e as forças policiais estadual e nacional trabalharem para achar a criança e solucionar o caso, as investigações concluíram que Deise foi ao litoral paulista de ônibus e se acomodou em um hotel de São Vicente.
Segundo relatou o namorado da auxiliar de enfermagem, os policiais informaram que Deise foi para o litoral de transporte coletivo.
Câmeras de segurança mostram que a moça ficou por alguns minutos no quarto, depois saiu e jogou fora a bolsa e o celular, os objetos já teriam sido localizados e estão em posse das autoridades.
Ainda de acordo com o namorado, na noite de quarta, a técnica de enfermagem estava no litoral, prestando esclarecimentos e acompanhando os policiais em diligências.
Família de Deise
As filhas, o namorado e os demais familiares, sem saber do real motivo, uniram-se e começaram uma campanha na internet para localizar a mulher. Após localizá-la no hospital do litoral, o foco era localizar a suposta bebê.
Mesmo com milhares de comentários negativos de pessoas que os conheciam, a família não recuou e apoiou Deise até o fim. Após o desfecho do caso, Ester, de 19 anos, emitiu um comunicado pedindo perdão pelo transtorno em torno do caso e orações por Deise e o namorado.“Nós, familiares, agradecemos a todos que nos ajudaram nesses últimos dias! Infelizmente no quinto mês de gestação a Deise teve aborto espontâneo o que abalou extremamente seu psicológico, e acabou não conseguindo nos contar. E nós não esperávamos por toda essa situação. Pedimos nossas sinceras desculpas a todos que compartilharam e se empenharam junto conosco. Sabemos que como família fizemos a nossa parte da melhor forma possível”, escreveu.
Fonte: Costa Norte Sistema de Comunicação