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Em mais um capítulo da despriorização da agenda ambiental pelo novo governo de Donald Trump, milhares de funcionários ligados ao setor de conservação ambiental foram demitidos nos últimos dias.
Segundo informações da agência Reuters de sexta-feira (14), ao menos 3,4 mil contratações recentes Serviço Florestal dos EUA foram finalizadas e outros 1 mil postos de trabalho do Serviço Nacional de Parques também foram fechados.
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As demissões atingem funcionários ainda em período de experiência. Essas pessoas haviam sido contratadas para ajudar na administração e conservação da Trilha dos Apalaches, Yellowstone (foto), o local de nascimento de Martin Luther King Jr., e a Floresta Nacional Sequoia.
O Serviço Nacional de Parques não respondeu à reportagem da Reuters. Já o Departamento de Agricultura dos EUA, que supervisiona o Serviço Florestal americano, apenas respondeu que não poderia comentar o assunto.
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Cerca de 325 milhões de pessoas visitam os parques nacionais, enquanto cerca de 159 milhões utilizam as florestas nacionais a cada ano.
Em todo o governo federal, cerca de 280 mil funcionários, de um total de 2,3 milhões de servidores civis, foram contratados nos últimos dois anos, com a maioria ainda em período probatório e mais fácil de ser demitida, segundo dados do governo.
A representante do National Parks Conservation Association (NPCA), Theresa Pierno, em entrevista à agência, afirmou que os empregos temporários são essenciais, apesar da fragilidade dos contratos, mas reiterou que desmantelamentos desta magnitude “terão consequências devastadoras para os parques e as comunidades”.
“Proteger as pessoas e as comunidades que servimos, assim como a infraestrutura, os negócios e os recursos dos quais elas dependem para crescer e prosperar, continua sendo uma prioridade máxima para os órgãos”, disse o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em comunicado. Também reiterou que as posições de bombeiro florestal e outras funções de segurança pública seguem “de extrema prioridade”.
Também na sexta-feira, a Reuters divulgou que 388 funcionários da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos foram desligadas. Elas faziam parte do quadro de funcionários contratados nos últimos dois anos. A agência afirmou que realizou uma “revisão completa” das funções da agência e da equipe probatória, seguindo ordens do governo Trump.
A agência já havia colocado em licença administrativa quase 200 funcionários que trabalhavam com justiça ambiental e sites-chave usados para monitorar as áreas mais afetadas pela poluição industrial.
Fonte: Um Só Planeta – Foto: Pixabay