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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos aceitou, nesta quarta-feira (5), pagar US$ 144,5 milhões (R$ 730 milhões) às vítimas de um massacre cometido em uma igreja do Texas em 2017, para pôr fim a um processo por “negligência”.
Mais de 75 afetados por essa tragédia, que deixou 26 mortos e 22 feridos, apresentaram uma denúncia civil contra o governo federal, que acusaram de não ter impedido o autor do massacre de comprar a arma.
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O acordo anunciado deve dar por concluído o processo judicial, porém ele ainda precisa ser aprovado por um tribunal.
“O anúncio de hoje põe fim ao litígio e a um capítulo doloroso para as vítimas”, disse Vanita Gupta, alto funcionário do Departamento de Justiça.
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Devin Kelley, um ex-militar de 26 anos envolvido no incidente, foi condenado em 2012 por um tribunal militar por violência contra sua esposa e o filho dela.
Quando era soldado, também esteve internado em uma clínica psiquiátrica após ameaçar os seus superiores de morte.
A lei federal americana proíbe que pessoas condenadas por violência doméstica comprem armas de fogo, mas as autoridades militares não enviaram o arquivo de Davin Kelley para a polícia federal, responsável pela verificação dos antecedentes criminais antes da venda de armas.
Armado com um fuzil de assalto AR-15, Devin Kelley invadiu uma igreja durante uma missa na pequena localidade de Sutherland Springs, no Texas, no domingo, em 5 de novembro de 2017, para então abrir fogo contra os fiéis presentes, incluindo crianças.
Um tribunal federal determinou, em 2021, que o governo poderia ser parcialmente responsável pela matança e determinou o pagamento de US$ 230 milhões (R$ 1,16 bilhão). O Departamento de Justiça recorreu da sentença.
“Nenhuma palavra ou quantia de dinheiro pode diminuir a imensa tragédia do ataque a tiros em Sutherland Springs”, destacou Vanita Gupta em suas declarações.
Em 2022, o governo aceitou pagar US$ 127,5 milhões (R$ 730 milhões) às vítimas do massacre em um colégio de Parkland, Flórida, para pôr fim a 40 denúncias que acusavam o FBI de não dar prosseguimento a depoimentos de duas fontes que indicavam a periculosidade do autor do massacre.
E em 2021, pagou US$ 88 milhões (R$ 444 milhões) aos familiares de nove afro-americanos assassinados em 2015 por um supremacista branco em uma igreja de Charleston, Carolina do Sul, assim como aos sobreviventes da tragédia, encerrando, assim, demandas similares.
Fonte: Agências