19 de maio, 2024

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Governo da Rússia nega ter envenenado opositor e diz que não há motivo para outros países imporem sanções

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O governo da Rússia negou que tenha envenenado o político de oposição Alexei Navalny (foto) e disse que não vê justificativa para a imposição de sanções a Moscou em decorrência do caso.

O Kremlin (nome da sede do governo) se pronunciou nesta quinta-feira (3), um dia depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, dizer que Navalny foi envenenado do tipo novichok.

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Novichok significa “novato” em russo. É um grupo de substâncias neurotóxicas desenvolvidas pela União Soviética nas décadas de 1970 e 1980.

Navalny, de 44 anos, é um oponente do presidente russo, Vladimir Putin. Ele se especializou em investigações de grande impacto sobre a corrupção governamental.

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O opositor desmaiou em um voo doméstico russo depois de beber um copo de chá que, segundo seus aliados, foi envenenado. Ele foi hospitalizado na Sibéria por alguns dias antes de ser transferido de avião à Alemanha.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou rejeita qualquer insinuação de que a Rússia esteve por trás do ataque a Navalny e alertou outros países a não tirarem conclusões precipitadas. “Não existem justificativas para acusar o Estado russo. Não estamos inclinados a aceitar quaisquer acusações a este respeito”, disse Peskov aos repórteres.

Peskov disse que, dessa forma, não há motivo para se debater sanções contra Moscou.

Alemanha e Otan pensam em como reagir

Merkel disse que a Alemanha consultará aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre a maneira de reagir ao envenenamento.

Nesta quinta-feira, ela se deparou com uma pressão crescente para reconsiderar o oleoduto Nord Stream 2, que levará gás da Rússia para a Alemanha, depois de sua declaração sobre Navalny, que está sendo tratado em um hospital de Berlim.

O Nord Stream 2 deve dobrar a capacidade do já existente Nord Stream 1 para transportar gás diretamente da Rússia para a Alemanha. Ele está mais de 90% finalizado e deve começar a operar no início de 2021.

Peskov disse que o Kremlin vê as conversas sobre uma ação contra o oleoduto como ditadas pela emoção e que se trata de um projeto comercial que beneficiará a Rússia, a Alemanha e a Europa.

Ele ainda rejeitou a premissa de que seu país merece ser punido devido ao caso.

“Não entendemos qual poderia ser a razão para quaisquer sanções”, disse Peskov.

Fonte: G1

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