25 de novembro, 2024

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Governo Biden envia ao Congresso dos EUA pacote de US$ 1 bilhão em armas a Israel

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O governo dos Estados Unidos mandou ao Congresso um pacote de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5,1 bi) em armas a Israel nesta terça-feira (14). A medida ocorre menos de uma semana após o presidente Joe Biden dizer que poderia suspender fornecimento de armas ao aliado.

A informação foi confirmada por uma autoridade dos EUA ouvida pela agência de notícias Reuters. O pacote de armamentos foi elaborado pelo Departamento de Estado americano e inclui projéteis de tanque, morteiros e veículos táticos blindados, disse um oficial à Reuters.

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Os presidentes e membros mais elevados dos Comitês de Relações Exteriores do Senado e dos Assuntos Exteriores da Câmara revisam os principais acordos estrangeiros de armamentos.

A discussão em torno de uma possível interrupção do fornecimento de armas dos EUA a Israel surgiu no contexto da operação israelense em Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza que abrigava mais de 1 milhão de palestinos refugiados da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

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Veja abaixo a linha do tempo da discordância entre EUA e Israel, que culminou na questão do fornecimento de armas:

Dia 8: Biden diz que civis morreram por causa de bombas dos EUA

No dia 8 de maio, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que deixaria de fornecer artilharia e outras armas a Israel se o país do Oriente Médio lançasse uma grande ofensiva contra a Rafah, na Faixa de Gaza. Para justificar a operação na cidade, Israel afirma que é preciso atacar a cidade, pois esse é o último bastião do Hamas.

Biden deu a declaração durante uma entrevista. Perguntaram a ele sobre por que um carregamento de bombas para Israel havia sido suspenso. “Morreram civis em Gaza por consequência dessas bombas. Não vamos oferecer as armas e projéteis de artilharia que têm sido utilizados” na ofensiva de Israel contra o Hamas, afirmou Biden na entrevista.

“Se Israel entrar em Rafah, eu não vou fornecer as armas que serão usadas”, afirmou ele.

Biden afirmou que deixou claro a Benjamin Netanyahu (primeiro-ministro de Israel) e ao gabinete de guerra que os israelenses não teriam o apoio dos americanos se, de fato, atacarem esses centros populacionais. “Não nos distanciamos da segurança de Israel. Nós nos distanciamos da capacidade de Israel de travar guerra nessas áreas”, disse o presidente dos EUA.

A informação foi publicada inicialmente pela agência americana Associated Press e pela rede de TV dos EUA CNN.

Uma pessoa do governo afirmou à Associated Press que um envio de armas (1.800 bombas de 907 kg e 1.700 bombas de 226 kg) chegou a ser interrompido, mas que ainda não havia uma “decisão definitiva” sobre como proceder com o envio.

Dia 10: EUA dizem que vão seguir fornecendo armas

No dia 10, o Departamento de Estado dos EUA publicou um relatório no qual afirmou que o país reprova a forma como Israel usa as armas americanas na Faixa de Gaza, mas não encontrou provas suficientes para interromper o fornecimento.

Segundo o texto, “é razoável estimar” que Israel usou armas de forma incompatível com o direito humanitário internacional. Ele diz, no entanto, que os EUA não puderam chegar “a conclusões definitivas”.

O relatório foi elaborado a pedido do presidente americano, Joe Biden, pressionado por congressistas democratas que consideram que os EUA podem se tornarem “cúmplices” do uso que se faz das armas americanas. Em fevereiro, Biden ordenou ao Departamento de Estado que examinasse como os países que recebem ajuda militar dos EUA usam essas armas, para verificar se eles cumprem as leis americanas.

A divulgação do relatório atrasou vários dias devido a um debate interno no Departamento de Estado, e aconteceu depois que Biden ameaçou suspender o envio de alguns projéteis e bombas a Israel se o país realizasse uma operação de envergadura em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Fonte: G1

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