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O Google anunciou nesta terça-feira (4) um conjunto de iniciativas usando inteligência artificial para monitorar o desmatamento e alertar sobre incêndios florestais e inundações, além de ajudar a identificar e rastrear a origem da madeira comercializada a partir da Amazônia. Os anúncios foram feitos em evento da empresa em Belém (PA), cidade candidata a sediar a cúpula climática das Nações Unidas (ONU) em 2025, a COP30.
A ferramenta Earth Timelapse, que capta imagens via satélite desde 1984, foi atualizada e passa a contar com imagens de 2020 a 2022, mostrando as mudanças no local ocorridas no período. O mecanismo é um recurso do Google Earth, réplica digital do planeta Terra em 3D.
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A IA do Google também será usada para detectar e alertar, na Busca e no Google Maps, sobre possíveis desastres na região. Para isso, a empresa atua em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Os alertas de incêndios contam com IA que usa imagens de satélite para detectar estágios iniciais de queimadas. Essa detecção inicial torna a contenção do incêndio mais fácil, podendo reduzir seu impacto e evitar a liberação de grandes quantidades de CO2 na atmosfera.
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Já o alerta de inundações, que opera no Brasil desde o ano passado, emitindo alertas em tempo real no Maps e na Busca, passará a mostrar previsões para 27 cidades no Brasil. O Google pretende expandi-lo para mais 20 cidades até o primeiro semestre de 2023. Deve ainda desenvolver a plataforma de alertas de inundações para notificações em celulares Android.
Rastreabilidade da madeira
A empresa também fechou uma parceria com a The Nature Conservancy (TNC) para a criação do projeto ‘Digitais da Floresta’, que irá desenvolver tecnologias baseadas em IA e bioquímica com o objetivo de ajudar a identificar e rastrear a origem da madeira comercializada a partir da Amazônia.
A meta é lançar, entre outras soluções, uma plataforma de inteligência (aplicativo e web), permitindo que as autoridades e o consumidor final identifiquem se um produto é feito com madeira de origem autorizada ou ilegal. A iniciativa será desenvolvida com uma rede de parceiros, como a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e a Trase.
O Google também vai disponibilizar 13 especialistas em machine learning, geolocalização, UX Design e gerenciamento de projetos para trabalharem diretamente com a TNC Brasil no desenvolvimento de tecnologias e modelos de AI para a plataforma. Esse programa, chamado de Google.org Fellowship, é inédito na América Latina e terá duração de seis meses.
Página especial no Google Trends
A big tech lançou também uma página especial do Google Trends com dados em tempo real sobre pesquisas realizadas por meio ambiente, Amazônia e outros assuntos relacionados a mudanças climáticas e sustentabilidade.
Segundo a empresa, as buscas pelo termo Amazônia, por exemplo, subiram mais de 80% nos últimos dez anos; no mundo, a alta passou de 40%. O levantamento também mostra que o Brasil é o 2º país que mais procurou por clima em 2023, atrás apenas da Argentina.
Fonte: Um Só Planeta