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Comerciantes de Bauru, especialmente os que atuam no ramo da alimentação, se tornaram alvos de estelionatários nesta semana. Por telefone, os golpistas passaram a cobrar o pagamento de multa devido “inconsistências” no medidor de energia das empresas.
Por sorte, até o momento, nenhum dos empresários sofreu prejuízos financeiros. O Jornal da Cidade teve conhecimento de que ao menos cinco deles receberam ligações, com a pessoa do outro lado da linha contando, com pequenas variações, sempre a mesma história.
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O estelionatário diz ser funcionário da 2.ª ou 4.ª Vara da Justiça Federal, informando o proprietário do estabelecimento sobre a existência de uma multa por “divergências” no relógio de energia. Na sequência, o suposto atendente do Judiciário solicita que o comerciante ligue para um 0800, que não é o da CPFL, para regularizar a pendência.
‘ELES TÊM INFORMAÇÕES’
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“Tentaram cobrar uma multa no valor de R$ 5 mil e, realmente, é um golpe bem estruturado. Eles têm algumas informações sobre a empresa”, relata a proprietária de um estabelecimento do Jardim Bela Vista, que preferiu não se identificar.
A onda de casos é semelhante a tentativas de golpe já registradas em cidades da região, como Botucatu. Para forçar o pagamento do débito, o estelionatário diz, inclusive, que o relógio de energia da empresa poderá ser retirado por ordem judicial.
Dono de um restaurante da Zona Sul, um empresário que também optou por não ter o nome divulgado disse que, em um grupo de WhatsApp do qual ele faz parte, vários comerciantes de Bauru relataram problema semelhante nos últimos dias.
“Eu também fui alvo, mas percebi logo de início que era golpe, já que algo relacionado ao uso de energia de um restaurante não é responsabilidade da Justiça Federal. Então, nem deixei a pessoa terminar de falar e desliguei o telefone”, comenta o empresário.
PRECAUÇÃO
A maioria dos proprietários procurou a CPFL por meio dos canais oficiais e a concessionária confirmou a inexistência dos débitos. Em seu site, a companhia relatou que outro caso recente foi registrado em Araçatuba.
“A CPFL reitera que ninguém do poder público ou Judiciário está autorizado a cobrar quaisquer valores por serviços elétricos de responsabilidade da distribuidora. Os clientes são avisados previamente, através da conta de energia, se estão com débitos em aberto”, frisa o comunicado. A orientação é sanar qualquer dúvida pelo 0800-0101010 ou pelos canais digitais da concessionária.
Segundo o delegado assistente da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bauru, Giuliano Travain, ainda não há registros oficiais deste tipo de golpe na cidade. Porém, por conta dos casos relatados nesta semana, os comerciantes devem ficar alertas.
“A CPFL possui seus canais oficiais, assim como o próprio Judiciário. Antes de depositar qualquer quantia, as pessoas devem se certificar diretamente nestes locais se o débito, de fato, existe”, completa o delegado.
Fonte: Jcnet
