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Não é só papo de ditado popular: o riso pode, mesmo, ser um bom remédio. Além de diminuir o estresse, o bom humor ajuda o coração, fortalece o sistema imunológico, melhora a digestão e os pulmões. E nem precisa ser em “doses homeopáticas” — quanto mais gargalhar, melhor.
— Na gargalhada, mexemos vários músculos, os da face, do tórax, do abdômen. Isso ajuda o oxigênio a chegar mais rápido ao cérebro e até pensamos melhor — diz a clínica geral do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Ligia Brito, que cita a importância de coletivos de palhaço que levam diversão a hospitais, como o “Doutores da alegria”.
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Para quem duvida do potencial de uma gargalhada, até a ciência comprova. Um estudo feito pela Universidade de Maryland, em Baltimore, Estados Unidos, mostrou que rir pode prevenir ataques cardíacos. Pessoas com doenças no coração, avaliadas pela pesquisa, costumavam rir cerca de 40% a menos comparadas a pessoas da mesma idade sem doenças cardíacas.
— A pessoa que consegue encarar uma situação de doença com leveza tem chance maior de recuperação. Ela vai não vai ter resistência aos remédios e vai entender que aquele sacrifício que tem uma função — explica o clínico geral Luís Fernando Correia.
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Usado o riso como terapia
Foi apostando na risoterapia, a terapia do riso, que as amigas Ursula Kirchner e Mari Vieira criaram o Clube da Gargalhada, um grupo que se reunia semanalmente para rir junto. E se curar. Hoje, o projeto chegou ao fim, mas a dupla dá palestras, dentro e fora do país, sobre as técnicas.
— Às vezes, a gente não tem nada para rir, a dor é muito grande. Mas há técnicas de consciência para gargalhar através do corpo, e não pelo intelecto. Não é forçar, é provocar — explica Mari, que fundou o clube, em 2004, depois que ela mesma entrou em depressão: — Queria uma alternativa ao remédio. Mas precisei quebrar uma barreira.
Fonte: Extra