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O furacão Delta voltou a ganhar força nesta quinta-feira (8), em sua passagem pelo Golfo do México em direção à costa dos Estados Unidos, depois de atingir a península de Yucatán, no México.
Delta subiu para categoria 3 em uma escala até 5 e às 21 horas (18 horas em Brasília), estava 555 km ao sul da Luisiana, avançando com ventos de 185 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês).
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Este estado ainda sofre os danos causados pelo furacão Laura, um dos mais violentos registrados na região.
Em Lake Charles, onde um rastro de pedaços de madeira, árvores caídas e lixo, deixado pelo Laura, ainda estão nas ruas, Shannon Fuselier, de 56 anos, veio pôr tapumes nas janelas da casa de um amigo, já danificadas.
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“Os galhos e as folhas não fazem tanto dano. São os pedaços de metal, as esquadrias das janelas de outras casas” que voam e provocam destroços, explicou à AFP Fuselier, com uma furadeira em uma das mãos.
Muitas pessoas evacuavam nesta quinta-feira a cidade conhecida pelas refinarias de petróleo.
“É esgotador. Estou cansada de ter que passar por outro desastre”, admitiu Terry Lebine ao embarcar em um ônibus, acompanhando sua mãe, em cadeira de rodas.
O governador da Luisiana, John Bel Edwards, pediu aos moradores prudência e anunciou a mobilização de 2.400 membros da Guarda Nacional para ajudar a população.
“Perigo de morte”
O NHC alertou que na sexta-feira são aguardadas fortes tempestades que podem representar “risco de morte” em algumas partes da costa norte do Golfo, onde se espera que o furacão toque o solo à tarde ou à noite.
Delta atingiu a Península de Yucatán, no sudeste do México na madrugada de quarta-feira, deixando árvores caídas e linhas de energia rompidas em sua passagem.
O furacão perdeu força ao cruzar o solo, mas voltou a ganhar força nas águas abertas do Golfo.
A península de Yucatán parece ter evitado uma grande destruição e não foram reportadas mortes na passagem do Delta.
No entanto, os ventos fortes castigaram Cancún, um dos destinos turísticos mais populares do México, onde muitos carros foram esmagados com a queda de árvores, o vento arrancou placas de trânsito e lojas sofreram danos.
Delta é a vigésima sexta tempestade desta temporada no Atlântico, na qual foram batidos vários recordes, entre eles que se esgotou a lista de nomes previstos para ciclones e os meteorologistas começaram a identificá-los com o alfabeto grego.
Com o aquecimento da superfície dos oceanos, os furacões se tornam mais potentes, afirmam os cientistas, que preveem um aumento da proporção de ciclones de categorias 4 e 5, as mais altas.
Fonte: Yahoo!