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Uma funcionária do Departamento de Trânsito (Detran) de Bauru (SP), de 39 anos, foi presa pela Polícia Civil após a superintendência do órgão identificar que a mulher inseria dados falsos para transferência ilegal de dois veículos. A prisão em flagrante ocorreu nesta quinta-feira (1º), no local de trabalho.
Segundo o boletim de ocorrência, além desses dois bloqueios ilegais, a funcionária também é suspeita de praticar atividades que não tinham sido determinadas pela diretoria e que favoreciam despachantes indevidamente.
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A funcionária, por sua vez, alegou para a polícia que cometeu o crime por ser algo comum no trabalho. Na presença do advogado, disse que os procedimentos foram feitos por ordem do superior ou por algum equívoco e negou prática de crime.
A polícia apreendeu o computador usado pela suspeita para perícia e o aparelho celular dela, que deve passar por perícia. Ela foi encaminhada para a cadeia de Avaí (SP), onde aguarda a audiência de custódia. A Polícia Civil vai investigar o caso.
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Em nota, o Detran-SP informou que a servidora será afastada e responderá a procedimento administrativo, que pode levar a demissão. A nota diz ainda que foi o próprio departamento que acionou a Polícia Civil após investigação interna constatar a realização de transferências de veículos sem atender aos requisitos estabelecidos.
Operação Gravame
Em setembro deste ano, a Polícia Civil de Bauru realizou a Operação Gravame que prendeu um diretor do Detran, um policial militar e três despachantes na capital paulista suspeitos de envolvimento com fraudes em multas, emissão de carteira de motorista e documentação de veículos.
Na ocasião, em desdobramento, um cheque de meio milhão de reis e R$ 142 mil em dinheiro foram localizados e apreendidos na casa do diretor do Detran de São Paulo. O valor não é compatível com o salário dele, de R$ 7 mil.
A operação investiga a denúncia de uma funcionária de Bauru que, ao voltar de férias, percebeu as ações, como tirar multas e dívidas do sistema e emissão de CNH, feitas usando as senhas dela. De acordo com o delegado Glaucio Stocco, entre abril e agosto deste ano, foram 1,1 mil ações suspeitas no sistema.
Segundo a polícia, o grupo cobrava entre R$ 800 e R$ 7 mil para obter vantagens ilícitas no Detran. Além do dinheiro apreendido na casa do diretor do Detran, foram encontrados R$ 30 mil em dinheiro na casa de um dos despachantes presos.
Fonte: G1