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Uma funcionária da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Vera Cruz (SP) foi presa em flagrante na tarde desta quinta-feira (11) suspeita de corrupção por supostamente usar suas senhas para inserir dados no sistema do órgão sem protocolos.
Segundo informações do delegado seccional de Marília (SP), Wilson Carlos Frazão, a delegacia de polícia de Vera Cruz foi acionada pelo superintendente regional de Bauru do Detran-SP que passava pela cidade em visita à Ciretran e que estranhou o comportamento da servidora.
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Segundo a polícia, o superintendente do Detran percebeu que a suspeita fechou a tela do computador rapidamente quando ele entrou na repartição.
Em uma consulta à central do Detran-SP em Bauru (SP), o superintendente descobriu dezenas de transações feitas no sistema do órgão com a senha da funcionária, nenhuma delas protocoladas eletrônica ou fisicamente.
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O alto funcionário acionou a Polícia Civil da cidade e a mulher foi presa. Em depoimento, ela admitiu que fazia as transações que beneficiariam dois despachantes de Marília, que deixavam de recolher taxas ao órgão de trânsito.
Ela explicou que os despachantes enviavam para ela por mensagens de texto de celular os dados que seriam inseridos no sistema de forma fraudulenta, o que garantia a execução de serviços como transferência e licenciamento de veículos, por exemplo.
Ainda segundo Frazão, como a mulher recebia dinheiro dos despachantes para fazer essas transações, ela foi presa em flagrante por corrupção passiva e por inserção de dados falsos em sistema de informação.
A mulher foi levada para uma sala da Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília. No início da tarde desta sexta-feira (12), ela passou por audiência de custódia na qual a Justiça determinou sua soltura para responder pelos crimes em liberdade.
Os despachantes suspeitos, diz a polícia, já estariam identificados, mas seguem sendo investigados e não foram presos.
Consultado pela reportagem, o Detran-SP confirmou em nota a prisão da auxiliar administrativa e disse que vai instaurar processo administrativo que pode culminar com a demissão da funcionária.
Ainda segundo o Detran, os veículos envolvidos serão verificados e bloqueados. O órgão diz que, caso seja constatada a participação de despachantes, esses profissionais também responderão a processo.
O Detran-SP informa ainda que, para prevenir fraudes, criou área exclusiva de fiscalização que nos últimos três anos realizou 4,8 mil diligências internas e externas, que geraram descredenciamento de parceiros e processos administrativos contra funcionários.
Fonte: G1