18 de setembro, 2024

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Fumaça no Pantanal e na Amazônia equivale a 5 anos de poluição em SP; Brasil tem pico de emissões ligadas a queimadas desde 2005

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O ano de 2024 é, até agora, o de maiores emissões de gases estufa advindas de incêndios florestais no Brasil desde 2005, afirma o observatório espacial europeu, Copernicus.

Dados da agência europeia, publicados pelo cientista sênior Mark Parrington, mostram que o fogo no Pantanal e na Amazônia este ano fez com que os estados de Mato Grosso do Sul e Amazonas registrassem o nível mais alto de emissões de gás carbônico (CO2) a partir de incêndios florestais desde 2003. O acúmulo destes gases na atmosfera é um dos principais motores do aquecimento global, e no Brasil, as queimadas estão entre as maiores fonte de emissões do país, ao lado do desmatamento.

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Rio Paraguai em meio aos incêndios no Pantanal. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

De acordo com o monitoramento europeu, até o dia 6 de agosto, ambos os estados beiravam as 10 megatoneladas de carbono em emissões cada, uma soma de 73,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente (t/CO2e), medida usada para estimar o impacto climático da liberação de gases estufa na atmosfera.

O total de carbono liberado pelos incêndios florestais nos dois estados em sete meses equivale a mais de cinco vezes o total emitido pela cidade de São Paulo em um ano inteiro. Além do efeito nocivo para o clima, as emissões das queimadas tornam o ar local insalubre, gerando impactos para a saúde ambiental.

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Pará, que compõe a Amazônia, e Mato Grosso, que tem trechos de Amazônia e Pantanal, vêm registrando focos de incêndio dentro da média, afirma Parrington. Ambos os biomas enfrentam fortes efeitos da seca após um período de influência do fenômeno climático El Niño.

Quadro mostra emissões dos estados de Mato Grosso, Amazonas e Mato Grosso do Sul. Acima, em vermelho, as curvas de emissões de 2024 superam a média de anos anteriores até agosto (em negrito), com exceção do MT. — Foto: Copernicus Climate Change Service/ECMWF
Quadro mostra emissões dos estados de Mato Grosso, Amazonas e Mato Grosso do Sul. Acima, em vermelho, as curvas de emissões de 2024 superam a média de anos anteriores até agosto (em negrito), com exceção do MT. — Foto: Copernicus Climate Change Service/ECMWF

No Pantanal, de acordo com o coletivo internacional de cientistas WWA (World Weather Attribution), a mudança climática intensificou em 40% os incêndios no bioma em junho.

Na Amazônia, estudo publicado pelo Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) aponta que metade da população do bioma (50% das localidades não indígenas e 54% das aldeias indígenas) está propensa ao isolamento por causa de secas extremas. Na região, o transporte fluvial é o principal método de deslocamento.

Fonte: Um Só Planeta

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