Anúncios
Na França, autoridades investigam a morte de quatro pessoas que trabalhavam em um vinhedo na região de Champagne na quinta-feira (14). A suspeita é que os trabalhadores teriam sofrido uma insolação em condições meteorológicas excepcionalmente quentes causadas por uma onda de calor.
Segundo promotores das cidades de Reims e Châlons-en-Champagne, as vítimas teriam morrido de formas diferentes: dois homens enquanto colhiam uvas, uma mulher em casa alguns dias depois de desmaiar durante o trabalho no vinhedo e um quarto homem após cair de um trator sem apresentar ferimentos físicos da queda.
Anúncios
No final da semana passada, os termômetros marcavam 34ºC na região e viticultores acreditam que o calor é o grande culpado. “Talvez o sol tenha algo a ver com isso. Estou muito triste. As pessoas não entram na colheita para perder a vida.”, disse Maxime Toubart, chefe da associação de produtores de champanhe, ao The Guardian.
As uvas em Champagne são cultivadas em 34 mil hectares no leste da França e mais de 16 mil produtores são responsáveis por mais de 300 milhões de garrafas de champanhe por ano. Cerca de 120 mil pessoas estavam ajudando na colheita anual de duas semanas quando as fatalidades aconteceram.
Anúncios
“Obviamente você vai ter alguns acidentes”, acrescentou Toubart. Segundo ele, todos os anos “uma ou duas pessoas” morrem de insuficiência cardíaca ou aneurismas e um possível fator de risco nestes casos foi a falta de preparo físico para o trabalho exigente. “Cada vez mais as pessoas vêm para cá sem estar na forma física necessária para o trabalho ao ar livre. Alguns jovens não tomam café da manhã, não se hidratam, tomam remédios ou trabalham sem camisa”, destacou.
Em meio ao verão, o calor extremo registrado no hemisfério norte fez com que a Organização Meteorológica Mundial da ONU alertasse para o risco de mortes e a maior frequencia desses eventos frente ao aquecimento global.
Fonte: Um Só Planeta
