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Em uma noite escura de outubro de 2024, no coração do Alentejo, em Portugal, o céu estrelado foi palco de um espetáculo raro: um cometa atravessando silenciosamente a Via Láctea. E um astrofotógrafo português conseguiu a façanha de eternizar esse momento por meio de suas lentes.

A cena registrada por Miguel Claro mostra o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS), uma relíquia do início do Sistema Solar, que se aproxima da Terra uma vez a cada 80 mil anos. A imagem, capturada na Reserva Dark Sky Alqueva, foi feita durante um time-lapse meticulosamente planejado. Veja vídeo:
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C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS)
O cometa, descoberto em janeiro de 2023 por observatórios na China e nos Estados Unidos, vem da Nuvem de Oort, uma região distante e teórica que abriga bilhões de objetos gelados. Como destaca o site do Planetário Adler, sua órbita extremamente longa e excêntrica faz dele um visitante raro do Sistema Solar interno.
Estima-se que ele não retorne antes do ano 82025. Isso é, se ele sequer retornar, já que o cometa pode sofrer uma série de alterações em sua trajetória pela ação da gravidade de planetas e estrelas ou mesmo pelo choque com esses corpos celestes.
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A imagem de Miguel Claro já circula entre os grandes registros da astrofotografia contemporânea. “Tive a sorte de estar no lugar certo, na hora certa, sob um céu incrivelmente escuro e limpo. Foi uma chance única”, afirma ele, em artigo publicado no portal Space.com nessa terça-feira (22).
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Você pode ver mais sobre o trabalho de Miguel Claro neste link.
Fonte: Galileu