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O fotógrafo argentino e astrônomo amador Víctor Buso capturou na sorte a primeira luz óptica de uma estrela supernova; e, com a imagem, cientistas da Universidade de Berkeley, na Califórnia, publicaram estudo na “Nature” nesta quarta-feira (21).
Essa luz ocorre quando uma onda de alta pressão no interior da estrela atinge o gás em sua superfície a uma temperatura muito alta.
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Como a explosão é rápida e aleatória, cientistas não tinham capturado o evento até então, disseram os pesquisadores.
“Astrônomos profissionais estão há muito tempo buscando um evento desse tipo”, disse Alex Filippenko, astrônomo em Berkeley, em nota.”Os dados são excepcionais”, acrescentou. “Este é um excelente exemplo de uma parceria entre astrônomos amadores e profissionais”.
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O argentino que tirou as fotos é astronômo amador e, na hora das imagens, fazia testes com uma nova câmera.
Ele associou o aparelho a um telescópio de 16 polegadas e conseguiu tirar uma série de fotografias da galáxia NGC 613, que fica a cerca de 80 milhões de anos-luz da Terra.
Os dados que ele conseguiu permitiu captar a estrutura da estrela antes do seu desaparecimento. Cientistas conseguiram também identificar as circunstâncias da explosão.
Ele passou as imagens para o Instituto de Astrofísica de la Plata, na Argentina e a pesquisadora Melina Bersten entrou em contato com um grupo internacional de astrônomos.
Em Berkeley, a equipe de Filippenko monitorou a mudança de brilho da estrela ao longo de dois meses.
Combinando os dados do fotógrafo com modelos teóricos. eles identificaram que a explosão era de uma estrela maciça, com massa de cerca de 20 vezes a do Sol.
A estrela antes de explodir, no entanto, já tinha perdido grande parte da sua massa – transformando-se em uma supernova com cerca de 5 vezes a massa solar.
Fonte: G1