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O registro do eclipse total do Sol de 2019 feito pelo brasileiro Leonardo Caldas foi escolhido nesta terça-feira (9) pela Nasa para o site Astronomy Picture of the Day (Apod), que publica a cada dia uma nova fotografia de fenômenos astronômicos observados por fotógrafos de todo o mundo.
A imagem capta o momento em que a Lua se posiciona em frente ao Sol e há a formação de um arco de luz. No mesmo instante, um grupo de aves passeava pelos céus de La Sirena, no Chile, e contribuiu para a formação da melhor imagem do dia, segundo o site da agência espacial.
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“Submeti a foto à aprovação no mesmo dia em que a tirei, ainda no Chile, mas a triagem é bastante criteriosa, para evitar fraudes. Os editores da Apod só acreditaram que minha foto não era montagem quando viram o vídeo de onde tirei este frame”, comenta o astrofotógrafo.
Este foi o terceiro eclipse total do Sol que o brasiliense registrou. Caldas comenta que foi aos EUA para acompanhar o fenômeno em 2017, mas que “apanhou” para acertar as fotos nos breves dois minutos em que há a intensidade total.
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Lugar certo
“Dessa vez deixei uma câmera filmando em qualidade 4k, e foi exatamente o momento que houve a revoada destes pássaros. Foi a coisa mais interessante do mundo, eu nunca tinha presenciado algo assim”, diz.
Com viagem comprada para acompanhar o eclipse no Chile, Caldas desembarcou no litoral de Coquimbo, mas decidiu não competir por um espaço na praia que estava “cheia demais” e se afastou. De longe, se posicionou em um ângulo ideal para acompanhar as aves que voavam contra o mar.
“É indescritível. Foi uma experiência que todo mundo deveria ter. Quando apaga tudo, parece que tem um interruptor. Até a temperatura muda. Eu fiquei embasbacado”, relembra.
Observação de pássaros
O site da Nasa divulga, além dos registros, pequenos artigos escritos por astrônomos explicando os fenômenos observados. A foto de Caldas apresenta a reação das aves ao eclipse, um comportamento que já era observado por especialistas.
“Apesar de alguns comportamentos inesperados, as aves costumam voar mais baixo ou até mesmo pousar no chão durante o fenômeno”, explica na nota o especialista da Nasa. “Dados captados por radares confirmaram a redução de aves voando alto, bem como insetos, no momento da totalidade.”
Fonte: G1