28 março, 2024

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Fóssil de mulher das cavernas indica ancestral do homem 1 milhão de anos mais velho do que se pensava

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Restos fossilizados pertencentes a alguns dos ancestrais mais antigos da humanidade são muito mais velhos do que se acreditava, segundo um novo estudo.

Os fósseis — incluindo um pertencente à mulher das cavernas conhecida como Mrs. Ples — foram enterrados há milênios em cavernas sul-africanas conhecidas por aqueólogos como o Berço da Humanidade.

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Métodos de teste modernos agora indicam que o grupo de humanos primitivos viveu entre 3,4 e 3,7 milhões de anos atrás.

Essa nova linha do tempo pode mudar a forma como se entende a evolução humana. Isso significa que existem mais maneiras possíveis pelas quais nossos ancestrais evoluíram até se tornarem os primeiros humanos.

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Durante anos, os cientistas acreditavam que a espécie Australopithecus africanus, cujos fósseis foram descobertos nas cavernas de Sterkfontein, perto de Joanesburgo, na África do Sul, tinha menos de 2,6 milhões de anos.

Fósseis Australopithecus têm cerca de um milhão de anos a mais do que se pensava anteriormente — Foto: Jason Heaton e Ronald Clarke/Museu de História Natural Ditsong
Fósseis Australopithecus têm cerca de um milhão de anos a mais do que se pensava anteriormente (Foto: Jason Heaton e Ronald Clarke/Museu de História Natural Ditsong)

O complexo de cavernas revelou mais restos humanos primitivos do que em qualquer outro lugar do mundo — incluindo o crânio quase completo descoberto em 1947 pertencente a uma mulher das cavernas apelidada de Mrs. Ples.

De acordo com o Museu Smithsonian, em Washington D.C. (Estados Unidos), as espécies — que andavam sobre dois pés — eram muito mais baixas do que os humanos modernos. Os machos mediam 1,38 metros; as fêmeas, 1,15 metros.

Mas novas técnicas de datação radioativa mostram que a Mrs. Ples e os demais fósseis descobertos ao seu redor são na verdade 1 milhão de anos mais velhos do que se pensava.

Os pesquisadores revisaram a idade dos fósseis testando sedimentos ao redor deles para níveis de um isótopo raro criado quando as rochas foram expostas a raios cósmicos — antes de caírem na caverna.

Anteriormente, os hominídeos Australopithecus africanus eram considerados pelos cientistas como jovens demais para terem evoluído para o gênero homo, nossos ancestrais, que já vagavam pela Terra há cerca de 2,2 milhões de anos.

Essas descobertas agora sugerem que eles tiveram 1 milhão de anos a mais para dar esse salto evolutivo — o que torna possível que Mrs. Ples seja ancestral dos primeiros humanos.

Como consequência da pesquisa, acredita-se agora que a espécie existiu na Terra durante a mesma época que o macaco conhecido como Lucy, cujos restos de 3,2 milhões de anos pertencentes ao Australopithecus afarensis da África foram considerados por muito tempo a espécie que deu origem aos primeiros humanos.

A linha do tempo atualizada significa que as duas espécies podem ter interagido e até mesmo procriado, dizem os cientistas, complicando ainda mais nosso entendimento sobre de onde os humanos vieram. Os novos dados sugerem que a linha evolutiva pode não ter sido tão simples.

A árvore genealógica humana é “mais parecida com um arbusto”, disse o cientista francês Laurent Bruxelles, que fez parte do estudo.

Fonte: BBC

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