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Pesquisadores identificaram um fóssil raro e enigmático na Ilha de Skye, na Escócia, que mistura características de lagarto e cobra. O animal, que viveu há cerca de 167 milhões de anos, foi batizado de Breugnathair elgolensis, ou “falsa cobra de Elgol”, em referência ao vilarejo próximo ao local da descoberta e à sua anatomia peculiar.
A espécie possuía dentes curvos semelhantes aos de uma píton, adaptados para capturar presas, mas mantinha membros curtos e bem formados, típicos de lagartos. O fóssil também apresentou traços semelhantes aos de um gecko, especialmente na estrutura do crânio, revelando uma combinação única de características evolutivas.
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Segundo os pesquisadores, o réptil tinha cerca de 40 centímetros de comprimento e provavelmente caçava pequenos lagartos, primeiros mamíferos e até dinossauros jovens, desempenhando papel fundamental na cadeia alimentar jurássica.
O estudo, publicado na revista Nature e reportado pela Live Science, aponta que a descoberta pode redefinir a compreensão sobre a origem das cobras e lagartos, ambos pertencentes ao grupo Squamata. Até então, cientistas tinham apenas fragmentos de fósseis que sugeriam a coexistência de características mistas, mas esta é a primeira evidência completa de um animal com tais atributos.
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Apesar do avanço, os especialistas ainda não sabem se as cobras evoluíram diretamente de espécies como a B. elgolensis ou se o grupo surgiu de forma independente. Para os autores, o achado é um “pequeno passo” para resolver um dos maiores enigmas da paleontologia: o verdadeiro ponto de origem das cobras.

Fonte: Um Só Planeta