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Resultado de pesquisa científica publicado recentemente na revista New England Journal revela um segredo que atrasa o envelhecimento e está relacionado com os hormônios sexuais. De acordo com cientistas que participaram do estudo, hormônios sexuais podem estimular a produção do telomerase, uma enzima encontrada em forma natural no corpo humano e que consegue retroceder o processo de envelhecimento. A tolomerase é chamada pelos pesquisadores de “elixir celular da juventude”.
A pesquisa foi realizada por cientistas brasileiros e do Institutos de Saúde Nacionais (NIH) dos Estados Unidos (EUA). Entre os brasileiros que participaram do estudo está o médico Rodrigo Calado, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e pesquisador do Centro para a Terapia Celular (CTC), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela FAPESP.
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Segundo ele, em um embrião onde o tecido ainda está em fase de formação, a telomerase é abundante em todas as células. Após esse período, apenas as células que se dividem permanentemente, como as células-tronco que geram o sangue, continuam produzindo a telomerase.
“Cada vez que uma célula se divide, seus telômeros ficam mais curtos. Numa certa altura a célula não se pode replicar mais e morre ou envelhece. Porém, a telomerase pode manter o comprimento dos telômeros intacto, mesmo depois da divisão da célula”, explica o cientista brasileiro.
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VELHICE EVITADA
Conforme Calado, algumas células, como a existentes nos hormônios sexuais, evitam o envelhecimento usando a telomerase para estender seus telômeros através da adição de sequências de DNA, mantendo desta forma sua capacidade de se multiplicarem e “permanecerem jovens”.
A deficiência de telomerase pode causar doenças do sangue, como a anemia aplástica. Recentemente, cientistas trataram 27 pacientes com doenças dos telômeros com um esteroide chamado Danazol, um hormônio masculino sintético que provoca o alongamento dos telômeros.
“A última pesquisa foi realizada para verificar se o efeito que nós observámos no laboratório também ocorria nos seres humanos, e os resultados indicam que sim”, completou o médico e professor Rodrigo Calado.
Fonte: UOL