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Na fazenda Boa Esperança tudo é sobre tradição. A casa principal está lá imponente desde o século 19, algumas das máquinas para o cultivo do café são as mesmas dos anos 1910 e 1920 e parte dos funcionários chega a terceira geração trabalhando no local.
À frente de tudo isso estava Oswaldo Amaral Amando de Barros, também herdeiro do negócio que foi de seu pai e seu avô, na cidade de Botucatu.
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Caçula de quatro irmãos, foi ele quem herdou o gosto pela terra e ainda menino decidiu seguir os passos dos seus antepassados. Deixou a fazenda ao terminar a escola, mas por pouco tempo. Logo retornou com o diploma de agrônomo.
De família tradicional na cidade, era conhecido por sua calma e simplicidade. Acompanhava o processo do café desde a roça até a venda. Com os anos também se aventurou no cultivo de alfafa, milho e na criação de cavalos.
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Ao seu lado estava sempre a mulher, Cláudia. Foram 35 anos de casamento com a também botucatuense que ele conheceu por acaso na praia de Boiçucanga, no litoral paulista. “A maior parte dos amores de verão não sobe a serra, o nosso subiu duas”, brinca ela se referindo às serras do Mar e de Botucatu.
Além de conservar o local, Oswaldo guardava várias pequenas relíquias. O hobby veio de seu pai e foi mantido também como uma forma de contar a história da família. O primeiro cofre da cidade e a primeira fechadura da fazenda estão entre os objetos inusitados que manteve até o fim.
Morreu no último dia 6, aos 63 anos, em decorrência de um câncer. Deixa a mulher, dois filhos e muita história.
Fonte: Folha de SP