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Um incêndio na ilha de Creta, na Grécia, nesta quinta-feira (3) devastou florestas e olivais e levou à evacuação de mais de mil pessoas. As chamas começaram um dia antes, perto da cidade de Ierapetra e, alimentadas por ventos intensos, se alastraram.
Cerca de 230 bombeiros, juntamente com 46 veículos e helicópteros, foram mobilizados. “Há rajadas de vento na área, provocando reacendimentos e dificultando os esforços de combate”, disse Vassilis Vathrakogiannis, porta-voz do corpo de bombeiros, citado pela Reuters.
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A mídia local relatou danos a algumas edificações, mas não houve feridos graves, embora algumas pessoas tenham sido hospitalizadas com problemas respiratórios.
Diante da situação, cerca de 5.000 turistas deixaram o sudeste de Creta, relatou George Tzarakis, chefe de hotelaria da região, à agência de notícias, expressando preocupação com o impacto nas reservas futuras.
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Incêndios florestais também atingem a Turquia, nos distritos de Cesme e Odemis, na província costeira ocidental de Izmir. Milhares de pessoas foram obrigadas a evacuar a região.
Os países do Mediterrâneo são alvos frequentes de queimadas porque estão em uma área que os cientistas classificam como “foco de incêndios florestais”, comuns durante verões quentes e secos. Segundo as autoridades, isso se tornou mais destrutivos nos últimos anos por conta das às mudanças climáticas.

‘Sinal preocupante do que está por vir’
Além de incêndios, a Europa está lidando com uma onda de calor extremo. Na Espanha, por exemplo, a cidade de El Granado, no sul, registrou o recorde de temperatura de 46°C.
Em comunicado, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse que a Espanha está sob o domínio de uma forte frente climática de alta pressão – situação que retém o ar quente do norte da África sobre o país.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) disse que isso é um sinal preocupante do que está por vir. Sua porta-voz Clare Nullis observou que a “mudança climática induzida por humanos” é a fonte desses eventos climáticos agudos.
“As condições perigosamente quentes estão se tornando mais frequentes e intensas devido ao aquecimento global causado pela queima de combustíveis fósseis”, ela apontou.
Outro fator com influência é que as temperaturas da superfície do mar no Mediterrâneo estão excepcionalmente altas para a atual época do ano no que “equivale a uma onda de calor em terra”.
Nullis enfatizou que, diante de temperaturas tão altas, “todos estão em risco”, e advertiu que uma saída sem água no meio do dia, seja “para correr, andar de bicicleta, provavelmente causará problemas de saúde ou até mesmo morte.”
Ainda segundo a porta-voz da OMM, um clima mais quente é algo com o qual todos terão que aprender a lidar, e isso torna ainda mais importantes os alertas antecipados de serviços meteorológicos e hidrológicos e os planos de ação em relação ao calor e à saúde para proteger a segurança e o bem-estar das pessoas.
Fonte: Um Só Planeta