19 de setembro, 2024

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Flórida conta 12 mortos por efeitos de Ian, que se fortalece rumo ao norte dos EUA

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A Flórida começou nesta quinta-feira a contar os danos causados pelo furacão Ian, em um panorama de cidades devastadas e milhões de pessoas sem energia elétrica. Até o momento, ao menos 12 pessoas morreram no estado costeiro do Sul dos Estados Unidos. O furacão, que havia enfraquecido mais cedo, sendo rebaixado a tempestade tropical, retomou força e avança para o Norte do país.

— Este pode ser o furacão mais letal da história da Flórida — disse o presidente americano, Joe Biden, durante uma visita ao escritório da agência federal que combate desastres naturais, Fema, em Washington. — Os números (…) ainda não são claros, mas recebemos informações que dão conta de uma perda substancial de vidas.

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Os fortes ventos do superfuracão Ian atingiram em cheio Naples, no Sudoeste da Flórida (Foto: Reprodução)

Biden assegurou que pretende ir o quanto antes ao estado, mas também para a ilha de Porto Rico, afetada recentemente pelo furacão Fiona.

Paralelamente, prosseguem as buscas por 18 pessoas desaparecidas na quarta-feira depois que uma embarcação de migrantes naufragou perto do arquipélago de Keys. Quatro cubanos nadaram até a margem e a Guarda Costeira resgatou outros três.

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Ian, que já devastou o Oeste de Cuba e mais cedo havia sido reduzido a tempestade tropical, recuperou força e avança para o Norte com potência de furacão, segundo o boletim atualizado do NHC.

“Ian volta a se tornar um furacão”, informou o NHC, acrescentando que o fenômeno se dirige para Carolina do Sul, Carolina do Norte e Geórgia, no Sul dos EUA, com ventos de até 120 km/h e condições “potencialmente mortais”, que incluem “inundações, marés de tempestade e rajadas fortes”.

Trajetória do furacão Ian (Foto: Editoria de Arte)

“Assustador”

Depois de uma noite de angústia, os moradores da Flórida revisavam nesta quinta suas casas e comunidades. Na pequena cidade de Iona, na costa Oeste, Ronnie Sutton, que ainda não conseguiu voltar para casa, disse estar convencido de que a água destruiu tudo.

— É terrível. Penso que é o preço a se pagar quando se vive no nível do mar. Às vezes o tiro sai pela culatra — lamentou.

A 20 quilômetros dali, em Fort Myers, a elevação do nível das águas submergiu alguns barcos e arrastou outros para as ruas do centro.

— Eram barulhos assustadores, com escombros voando por todas as partes, portas no ar — contou Tom Johnson, um morador que testemunhou a destruição.

Prédio teve teto arrancado pela passagem do furacão Ian em Fort Myers, na Flórida (Foto: Reprodução)

Inundações sem precedentes

— Nunca tínhamos visto inundações como estas — assegurou o governador Ron DeSantis. — Algumas áreas como Cape Coral, a cidade de Fort Myers, foram inundadas e ficaram totalmente devastadas por esta tempestade.

Ian também ameaçou a cidade de Orlando e os parques temáticos da Disney, que foram fechados.

A tempestade tocou o solo na tarde de quarta-feira ainda como furacão de categoria 4 (dentro da escala Saffir-Simpson, que vai de um a cinco) no Sudoeste da Flórida, antes de continuar seu avanço pelo estado, com fortes ventos e chuvas torrenciais. Na manhã desta quinta, mais de 2,6 milhões de residências e comércios permaneciam sem luz, de um total de 11 milhões, segundo o site especializado PowerOutage.

Punta Gorda, um pequeno povoado costeiro localizado na trajetória do furacão, amanheceu sem energia elétrica. Enquanto os bombeiros e a polícia percorriam as ruas para avaliar os danos, uma escavadeira retirava folhas de palmeiras caídas.

Passagem do furacão Ian pela Flórida (Foto: Reprodução)

Joe Ketcham, morador da cidade, decidiu ficar em casa na quarta-feira, apesar das ordens de evacuação.

— Agora estou mais tranquilo, mas ontem estava preocupado — disse o homem de 70 anos. — Era incessante. O vento soprava constantemente sobre nossas cabeças. Podíamos ouvir o metal batendo contra o edifício. Estava escuro. Não sabíamos o que estava acontecendo do lado de fora.

Diante da magnitude dos danos, Biden declarou estado de desastre natural maior, uma decisão que permite liberar fundos federais adicionais para as regiões afetadas.

Segundo especialistas, à medida que a superfície dos oceanos se aquece, aumenta a frequência dos furacões mais intensos, com ventos mais fortes e mais chuvas, mas não o número total de furacões.

Fonte: Yahoo!

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