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Lidar com a perda de um ente querido não é fácil. Mas quando a morte é recente, a situação é ainda mais difícil. E, quando chegam datas como o aniversário da pessoa e o Finados, dia dedicado a orações aos que já se foram, é comum a dor se agravar. Sofrimento pela perda, tristeza causada pela ausência e saudade se misturam. O importante é entender que isso faz parte do processo do luto, explica Ivana Teles, psicóloga do Sistema Hapvida.
A pessoa enlutada precisa enfrentar datas como Finados sabendo que é natural sofrer mais nestas ocasiões, que enfrentar a situação é passar por mais uma fase deste processo que é o luto. “O importante é não invalidar os sentimentos que surgem. Se você está passando por esta situação, não se isole. Fale o que sente, coloque para fora. Peça ajuda porque esse sofrimento, agravado nestas datas, é importante para, na medida do possível, lidarmos cada vez melhor com a perda. É importante para ressignificar o que aconteceu, dar um novo sentido àquela perda”, afirma Ivana.
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E não é de um dia para outro que se consegue lidar bem com a perda. A psicóloga frisa que o luto tem várias fases que, não necessariamente, surgem na mesma ordem para todas as pessoas. Mas que é importante externar os sentimentos e angústias sabendo que o luto é um processo que, ao final, a pessoa está melhor e aceitando a morte daquele ente querido.
Quando perdemos alguém que amamos muito, a primeira fase é a da negação. É um momento que não aceitamos o que aconteceu e até negamos que aquilo seja verdade. Em seguida, vem a fase da raiva, do questionamento do por que aquilo aconteceu e, depois, a fase da barganha, em que nos perguntamos “se eu tivesse feito isso ou aquilo” a pessoa querida ainda estaria aqui? A fase seguinte é a da depressão, em que a pessoa enlutada enfrenta um grande sofrimento e tristeza, que pode prolongar por semanas ou meses. A próxima fase é a da aceitação, que é o último estágio do luto. É quando a pessoa enlutada aceita o que aconteceu, compreende a sua nova realidade e passa a lidar melhor com a ausência de quem partiu.
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Além de falar sobre o que está sentido nas diversas fases do luto, Ivana orienta a pessoa enlutada a pedir ajuda profissional se o sofrimento for muito intenso, se perceber que não está conseguindo lidar com a situação. Quem está próximo também pode e deve ajudar. “Você que está próximo de alguém nesta situação de sofrimento do luto, acolha essa pessoa sem nenhum julgamento”, orienta.
Com Lettera