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Dois tatus recém-nascidos, resgatados do incêndio que destruiu parte da vegetação na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, estão sendo cuidados pelos veterinários do Zoológico de Brasília. Eles perderam a mãe e não tinham condições de se alimentar ou se defender sozinhos na reserva, por isso, na última terça-feira (7), foram trazidos para o DF.
Além de acolher bichos resgatados por órgãos de fiscalização ambiental, o berçário do Hospital Veterinário do Zoo de Basília recebe animais de várias partes do país. Segundo o diretor Rodrigo Rabello, o local é referência para o cuidado de filhotes.
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“Normalmente animais muito novos têm manejo complexo, principalmente na questão nutricional.”
Rabello diz que a dieta dos recém-nascidos precisa ser balanceada e adequada a cada espécie, deve estar de acordo com o comportamento dos animais e obedecer a fórmulas matemáticas precisas. No caso dos tatus, eles são alimentados com leite sem lactose, que mais se assemelha à composição do leite das fêmeas.
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A alimentação dos dois filhotes é feita a cada três horas até que eles se desenvolvam e passem a comer duas vezes ao dia. Dentro de quatro meses eles devem ser soltos na reserva ecológica do zoo, onde ainda serão acompanhados pela equipe. Depois de ter certeza que eles podem viver sozinhos, os tatus serão levados de volta para a Chapada.
Outros animais
Em novembro, 11 animais silvestres recebiam cuidados especiais no berçário do Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília. São cinco aves, dois tamanduás-mirins, dois tatus, dois saguis e um jabuti. Além de tratar dos filhotes, o hospital participa de programas de manejo de espécies ameaçadas e reabilitação de animais para que sejam devolvidos ao habitat natural, explica o diretor.
“Às vezes o bicho não tem nenhuma ferida, mas está apático. Nós então fazemos exames para descobrir o que é e tentar resolver.”
A maior parte das espécies chega ao zoo a partir de operações feitas por órgãos de fiscalização, como a Polícia Ambiental e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
É o caso de dois saguis que perderam as mães assim que nasceram. “Eles foram trazidos para o berçário exatamente para terem um contato restrito, pouca interação com as pessoas”, diz Rabello. A medida, segundo o diretor, é fundamental para que os filhotes não se acostumem com o cuidado humano.
“A nossa prioridade é que esses animais sejam recuperados e soltos. Eles só ficam em cativeiro se não for mais indicada a vida livre.”
Fonte: G1