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Leopardos vêm assustando, nos últimos meses, os moradores do distrito de Kuala Pilah, na Malásia. Há uma reserva florestal na região e supõe-se que os felinos estejam saindo da área protegida e fazendo incursões por áreas habitadas. Em 4 de setembro, um cão apareceu morto, com ferimentos causados por um leopardo, e os moradores pediram ajuda ao Departamento de Vida Selvagem do governo malaio.
Os técnicos do Departamento começaram a colocar armadilhas na área, para capturar e realocar os felinos. Para atrair os leopardos, as iscas precisam ser vivas. Primeiro, os técnicos usaram cabras, a prática comum nesses casos (a equipe já havia capturado nove leopardos só este ano em outras regiões do país). Nada feito. Os felinos rondando Kuala Pilah não foram atraídos pelas cabras, como explicou Abdul Kadir Abu Hassan, diretor-geral do Departamento, ao site Free Malaysia Today.
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A equipe mudou de tática e passou a colocar filhotes de cachorro como iscas vivas. Funcionou: três leopardos foram capturados, em 18 de setembro, 27 de setembro e 1o de outubro. O primeiro era uma pantera negra fêmea com 40 kg.
A tática usada, porém, gerou controvérsia. A Associação pelos Animais de Rua e a Sociedade para o Cuidado Animal, ao tomar conhecimento de como haviam ocorrido as capturas, criticou o Departamento de Vida Selvagem por usar filhotes de cachorro e questionou as autoridades se o uso de iscas vivas é mesmo necessário.
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Abdul Kadir explicou que nenhum animal foi ferido no processo. As armadilhas não permitem que o leopardo alcance o animal usado como isca. Depois da captura do felino, os filhotes de cachorro são retirados, ilesos, por outra abertura na armadilha. Segundo o oficial, o uso dos cães não é um procedimento comum e normalmente sua equipe escolheria um animal que fosse presa comum para os leopardos, como as cabras. Quando isso não funcionou, os técnicos lembraram que ao menos um leopardo na área já havia atacado um cachorro e resolveram fazer a experiência.
A questão mais urgente a solucionar é por que os leopardos estão deixando a reserva. Há estudos em andamento, inclusive com uso de drones para mapear a região. Os felinos capturados estavam todos saudáveis.
Fonte: Um Só Planeta