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Um filhote de veado foi encontrado por um morador de Ipuã (SP) com queimaduras ocasionadas por um incêndio na noite de terça-feira (8).
A Defesa Civil foi acionada e fez o resgate e o animal foi encaminhado para o ambulatório do Centro de Reabilitação e Triagem de Animais Silvestres (Cetras), no Bosque Fábio Barreto, em Ribeirão Preto (SP), para tratamento.
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Pelas lesões, o cervo foi ferido há pelo menos oito dias, de acordo com o veterinário Pedro Favaretto. O estado de saúde dele é considerado grave.
“O animal está apresentando lesões já com pontos de início de cicatrização, que mostram que o processo já não é de 24, 48 horas. Um dos membros, infelizmente, apresentava o que a gente chama de miíase, que é aquela fase vulgo bicheira, onde apresentava algumas larvas, com uma idade de crescimento de aproximadamente cinco dias. Então, é um animal que vem sofrendo há sete, oito dias”.
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Segundo o veterinário, o processo de recuperação do veado é lento e complexo e não há previsão de quando ele possa retornar à natureza.
“A gente está falando de um filhote com processo infeccioso grave nas patas, favorecido tanto pelas queimadas quanto pelas lesões ocasionadas por essa miíase. Então, ele vai passar por um tratamento extenso, com antibiótico, terapia, medicação para dor, nutricional, comportamental, para que, aí sim, a gente consiga colocá-lo no status de disponível para retornar à natureza”.
Zootecnista do Cetras, Alexandre Gouvêa explicou que, apesar de grave, o estado de saúde do cervo é considerado estável.
“Ele chegou ontem [terça-feira] à noite, recebeu todos os cuidados no ambulatório, e hoje [quarta-feira] de manhã, começamos os cuidados nutricionais também. A princípio, é um animal que já está saindo da dieta líquida, do leite, para a sólida. Ele já tem uma dentição, consegue ingerir algumas folhas, que já foi oferecido pra ele, folhas de hibisco e algumas frutas, então a tendência agora é ele começar a ter essa ingesta de maneira voluntária”.
De acordo com Gouvêa, o cervo ainda passará por exames laboratoriais, de hemograma e parasitológico “Quando der tudo negativo, aí sim, solicitamos a soltura deste animal”.
Fonte: G1