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Saudável e recebendo os cuidados da mãe. Assim está o novo morador do Zoológico de Bauru (SP). Já bajulado pela mãe, o filhote do macaco bugio-preto (Alouatta caraya) nasceu no dia 3 de março, mas só nesta semana foi apresentado ao público porque estava em observação.
Quando nascem, os filhotes de bugio-preto têm todos pelagem bege, independente do sexo. A cor só muda na idade adulta, quando o animal atinge a maturidade sexual.
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A diretora do Zoológico de Bauru, Samantha Pereira Lima, explica que “ainda não dá pra saber o sexo do mais novo morador”. A equipe optou por não separar o animal da mãe para não gerar estresse à família.
Para a espécie nativa da América do Sul, o tempo de gestação de uma fêmea da espécie é de sete meses e os filhotes podem viver agarrados ao tórax da mãe por até 20 meses.
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A espécie de bugio-preto está ameaçada de extinção. Além do desmatamento e da caça, a febre amarela também atinge os animais. De acordo com o zoológico, o bugio não transmite o vírus. Ele também é uma das vítimas.
“Junto de sua mãe e de seu grupo, o filhote crescerá saudável e aprenderá comportamentos importantes para que, no futuro, possa se reproduzir e contribuir com a conservação de sua espécie”, diz postagem do Zoológico de Bauru nas redes sociais.
Pantanal é sua ‘casa’
O bugio-preto é conhecido também como bugio-do-pantanal por ocorrer em abundância nesse bioma. A espécie pode ser encontrada na Argentina, leste da Bolívia e norte do Uruguai.
No Brasil, sua incidência é comum no cerrado, do Rio Grande do Sul ao Piauí, com presença no Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão, Bahia e Pará.
De hábitos diurnos, o primata passa a maior parte do tempo no alto das árvores, onde procura por frutas e flores para se alimentar.
As fêmeas dão cria a um filhote por vez, entre maio e agosto. A gestação dura em média seis meses.
Famoso pela vocalização estridente, que utiliza para se defender e demarcar território, o bugio-preto vive até 20 anos.
No entanto, a espécie tem sofrido com a perda de habitat motivada pelo avanço da pecuária e construção de estradas.
Fonte: G1