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Um homem que se aproximou de um filhote de bisão após ele se separar de seu rebanho no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, acabou prejudicando a sobrevivência do animal na natureza.
O desfecho da história foi triste: o recém-nascido teve que ser sacrificado, segundo informou nesta terça-feira (23) o Serviço de Parques Nacionais (NPS, National Park Service) dos EUA.
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Conforme relata o NPS, o pequeno animal se separou da mãe quando seu rebanho de bisões cruzava o rio Lamar, um afluente do rio Yellowstone, no noroeste do estado norte-americano de Wyoming.
Na noite do último dia 20 de maio, um homem branco de camisa azul e calça preta, com 40 a 50 anos de idade, notou a situação no canto nordeste do parque e empurrou o filhote perdido do rio para a estrada.
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Mais tarde, visitantes observaram o recém-nascido caminhar, seguindo carros e pessoas. Diante do perigo, guardas florestais tentaram repetidamente reunir o filhote com o rebanho.
Mas os esforços falharam. O bisão recém-nascido foi posteriormente sacrificado por funcionários do parque. O NPS explica que a “interferência das pessoas pode fazer com que a vida selvagem rejeite seus descendentes”.
A morte do bebê ocorreu, segundo as autoridades, pois ele foi abandonado pelo bando, “causando uma situação perigosa ao se aproximar de carros e pessoas ao longo da estrada”.
O Serviço de Parque reitera regulamentos que exigem que pessoas fiquem a pelo menos 23 metros de distância de toda a vida selvagem do Parque Nacional de Yellowstone (incluindo bisões, alces e veados) e a no mínimo 91 metros de distância de ursos e lobos.
“O desrespeito a esses regulamentos pode resultar em multas, ferimentos e até morte”, alerta o NPS. “A segurança desses animais, assim como a segurança humana, depende de todos usarem de bom senso e seguirem essas regras simples”.
Os policiais de Yellowstone estão pedindo ao público informações sobre o homem que comprometeu a sobrevivência do filhote de bisão.
Em seu site, o NPS diz que sua missão é preservar e não reabilitar ou resgatar animais. Além disso, o serviço esclarece que Yellowstone não é um zoológico, “sendo o lar selvagem de inúmeras criaturas vivendo em seu próprio ambiente em seus próprios termos”.
“Pode ser difícil observar a natureza seguir seu curso, especialmente quando animais jovens estão envolvidos e ações humanas podem ter influenciado o resultado”, afirma o site. “No entanto, a cada ano os animais têm mais filhotes do que podem sobreviver. A morte de alguns deles é uma parte necessária para sustentar nossas populações de predadores, necrófagos, decompositores e, eventualmente, herbívoros, uma vez que o ciclo de nutrientes se fecha”.
Fonte: Galileu