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A Fifa abriu uma investigação a respeito da suspensão da partida entre Brasil e Argentina, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo. A CBF foi notificada. A entidade que comanda o futebol mundial também pediu informações à Conmebol e à AFA.
A CBF agora tem um prazo inicial de seis dias para o envio de documentos e informações para a sua defesa. A investigação da Fifa é sobre uma possível violação do artigo 14 de seu Código Disciplinar, que diz respeito a partidas abandonadas ou que não foram concluídas.
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Qualquer infração ao artigo prevê multa mínima de 10 mil francos suíços (R$ 56 mil) e “medidas disciplinares adicionais”, caso a partida não seja remarcada. A intenção da Fifa é ter um desfecho rápido sobre o caso.
Ainda nesta segunda, a entidade emitiu uma nota oficial na qual sinalizava tal investigação. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou que o que aconteceu em São Paulo foi uma “loucura”.
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– Vimos o que aconteceu com o jogo entre Brasil e Argentina, dois dos times mais gloriosos da América do Sul. Alguns oficiais, policiais e seguranças entraram em campo após alguns minutos de jogo para tirar alguns jogadores. É uma loucura, mas precisamos lidar com esses desafios, essas questões que vêm em cima da crise do Covid – disse Infantino, em um vídeo gravado e exibido durante a reunião da ECA (Associação Europeia de Clubes).
Até o momento, a CBF emitiu duas notas oficiais a respeito do tema. Na primeira, horas depois da suspensão da partida, ela lamentou o episódio e se mostrou surpresa com a atitude da Anvisa.
Nesta segunda, a entidade reiterou que informou a AFA a respeito das restrições sanitárias vigentes no Brasil e confirmou que os argentinos estavam cientes das irregularidades dos quatro jogadores (Emiliano Martínez, Buendia, Romero e Lo Celso). Segundo a Anvisa, o quarteto omitiu que esteve no Reino Unido nos últimos 14 dias, que obrigaria uma quarentena na chegada ao Brasil.
A estratégia da CBF é se isentar da responsabilidade da interrupção do jogo. Em campo, o técnico Tite reiterou aos jogadores que permanecessem no gramado da Neo Química Arena, em um sinal de que estavam dispostos a jogar. A decisão de não seguir com a partida veio dos argentinos, que não iriam adiante sem três titulares, Emiliano Martínez, Romero e Lo Celso.
No sábado, véspera do jogo, a AFA pediu formalmente ao Ministério da Saúde, à Casa Civil e à Anvisa a liberação dos quatro atletas. A resposta final, com a negativa do Ministério da Saúde, foi assinada eletronicamente no domingo 50 minutos antes do início da partida.
Após a suspensão da partida, a delegação argentina retornou a Buenos Aires ainda na noite de domingo. Os quatro jogadores foram liberados nesta segunda-feira e vão voltar aos seus clubes: o goleiro Emiliano Martínez e o meia-atacante Buendia ao Aston Villa, e o zagueiro Romero e o meio-campista Lo Celso, ao Tottenham.
Nesta quinta-feira, o Brasil recebe o Peru na Arena Pernambuco, às 21h30, e a Argentina pega a Bolívia no Monumental de Núñez, às 20h30.
Fonte: G1